Nesta terça-feira (3), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma nota pública anunciando sua adesão a mobilizações em 11 municípios localizados ao longo do Corredor da Estrada de Ferro Carajás, que conecta Parauapebas, no Pará, a São Luís, no Maranhão. De acordo com o grupo, as ações visam pressionar autoridades e a mineradora Vale a atender reivindicações ligadas a impactos sociais e ambientais provocados pela exploração mineral na região.
Na nota, o MST critica a Vale, considerada a maior latifundiária da região Norte, por promover atividades que, segundo o movimento, resultam em degradação ambiental e precarização social para milhares de famílias.
“A empresa é responsável pelos maiores crimes ambientais no Brasil, os impactos ambientais e sociais que assolam milhares de famílias na região”, afirma o comunicado.
Entre as principais demandas apresentadas pelo MST estão a devolução de terras não mineráveis sob posse da empresa para fins de Reforma Agrária, a criação de um fundo de desenvolvimento social com recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) e a implementação de programas habitacionais e de transferência de renda para famílias vulneráveis. O movimento também solicita ações voltadas para reflorestamento, recuperação de nascentes e promoção da agroecologia em larga escala nos municípios impactados.
A nota também reforça a necessidade de reparação pelos desastres ambientais causados pela mineradora, com destaque para as tragédias de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais. Além disso, o MST exige a criação de uma força-tarefa envolvendo governos federal, estadual e municipal, juntamente com os Ministérios Públicos Estaduais e Federal, para tratar das questões apontadas.
A mobilização ocorre em um momento de intensificação das ações do MST em diferentes regiões do país. No Rio Grande do Sul, o movimento foi alvo de críticas após uma invasão realizada na mesma terça-feira em uma propriedade rural. O episódio gerou reação da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), cujo presidente, Gedeão Pereira, classificou o ato como uma ameaça à segurança jurídica dos produtores rurais do estado. Ele ressaltou a mobilização de sindicatos e autoridades estaduais para resolver o caso, como destacado em matéria anterior.
Fique por dentro das principais notícias do Agro no Brasil e no mundo!
Siga o Agromais nas redes sociais: Twitter | Facebook | Instagram | YouTube.
Tem uma sugestão de pauta? Nos envie pelo e-mail: agromaisproducao@gmail.com.
Acompanhe nossa programação 24 horas na TV — Claro: Canal 189 e 689 | Sky: Canal 569 | VIVO: 587