Nesta terça-feira (3), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou uma invasão em uma propriedade rural no Rio Grande do Sul, gerando reação imediata do setor agropecuário e do governo estadual. O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, criticou a ação e destacou a mobilização de entidades e autoridades para resolver o caso.
“Lamentavelmente, hoje fomos surpreendidos com a volta das invasões do MST ao estado do Rio Grande do Sul. Isso significa que traz insegurança jurídica aos nossos produtores rurais, e por isso mesmo estamos muito atentos”, declarou Pereira.
Ele informou que a Farsul já está em contato com o governador Eduardo Leite, a Casa Civil e a Secretaria de Segurança Pública, que, segundo ele, estão tomando as “devidas providências”. O dirigente também destacou que os sindicatos rurais da região afetada foram acionados para acompanhar o caso de perto.
“Estamos com os nossos sindicatos rurais regionais desta região todos mobilizados, porque não podemos tolerar qualquer tipo de volta a esse passado que tanta destruição trouxe ao nosso estado como um todo”, afirmou o presidente.
Pereira reiterou a necessidade de uma resolução rápida para evitar maiores prejuízos.
“Vamos atuar e estamos minuto a minuto em contato com as autoridades para termos este caso rapidamente resolvido, porque não pode ser diferente”, concluiu.
Simultaneamente, na manhã de hoje, famílias acampadas do MST iniciaram uma vigília na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Porto Alegre, sem previsão de término.
O grupo reivindica o avanço nos processos de Reforma Agrária, que estariam paralisados há mais de uma década, e cobra do Governo Federal a aceleração das vistorias e compras de terras para possibilitar o assentamento de cerca de 1,5 mil famílias que seguem acampadas no estado.
“Com o lema Natal com Terra, famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam duas áreas no município de Pedras Altas, no Rio Grande do Sul. Além disso, na manhã desta terça-feira (3), grupos de famílias de quatro acampamentos gaúchos iniciaram uma vigília na sede do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Porto Alegre, sem previsão de término”, afirma o MST em nota.
O superintendente do Incra no Rio Grande do Sul, Nelson Grasselli, informou que deve se reunir com dirigentes do MST durante a tarde de hoje e que só se manifestará após o encontro.
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