As exportações brasileiras de grãos mostraram desempenho positivo em novembro de 2024, com destaque para o milho e o trigo, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). O relatório aponta que, em novembro, o Brasil embarcou 6,59 milhões de toneladas de milho, o que representa um crescimento expressivo em relação ao mesmo mês de 2023. Este aumento reflete uma maior demanda externa e condições de mercado favoráveis.
No acumulado do ano, até novembro, o Brasil exportou cerca de 55,67 milhões de toneladas de milho, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores globais do cereal. A estimativa é de que, em dezembro, os embarques desse produto totalizem entre 3,83 milhões e 4,1 milhões de toneladas, impulsionando ainda mais o saldo anual.
O trigo, por sua vez, também apresentou bons resultados, embora em menor escala. As exportações do cereal em novembro chegaram a 147 mil toneladas, enquanto o acumulado do ano alcançou 2,49 milhões de toneladas, superando levemente o volume de 2023.
Complexo soja registra retração nos embarques
Apesar do bom desempenho do milho e do trigo, o complexo soja teve uma leve queda nas exportações no acumulado do ano. Até novembro de 2024, o Brasil embarcou 97,4 milhões de toneladas de soja, volume abaixo dos 101,3 milhões de toneladas registrados no mesmo período de 2023. A retração é atribuída a questões logísticas e à menor demanda internacional em alguns mercados.
A soja em grão lidera os embarques do complexo, com 22,93 milhões de toneladas exportadas até novembro, mantendo o Brasil como líder global na exportação do produto. O farelo de soja, importante insumo na produção de rações animais, também apresentou números sólidos, com 22,9 milhões de toneladas exportadas no mesmo período.
Destaques portuários
Entre os portos de destaque, Santos lidera os embarques de grãos, seguido por Paranaguá e Rio Grande. A infraestrutura portuária brasileira, contudo, segue como um desafio para exportadores, que frequentemente enfrentam custos elevados e atrasos.
O relatório da ANEC evidencia a importância estratégica das exportações de grãos para a economia brasileira e para o setor agropecuário, que tem respondido às demandas globais com competitividade, mesmo diante de adversidades logísticas. A expectativa é de que 2024 seja encerrado com novos recordes de exportação em alguns segmentos, reafirmando o papel do Brasil como potência agrícola global.
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