As exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, somaram 130,9 mil toneladas em outubro, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esse volume é o segundo maior já registrado para o setor e representa um crescimento de 40,7% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram exportadas 93 mil toneladas.
Em termos de receita, outubro estabeleceu um novo recorde, com US$ 313,3 milhões em vendas externas, alta de 56,4% sobre os US$ 200,3 milhões arrecadados no mesmo mês do ano passado.
No acumulado de janeiro a outubro, as exportações de carne suína totalizam 1,121 milhão de toneladas, um aumento de 10,7% em comparação ao mesmo período de 2023, que somou 1,013 milhão de toneladas. A receita acumulada também teve crescimento, atingindo US$ 2,482 bilhões, 5,2% acima dos US$ 2,361 bilhões registrados nos primeiros dez meses do ano anterior.
Entre os destinos, as Filipinas se destacaram como principal mercado para a carne suína brasileira no acumulado de 2024, com 206 mil toneladas exportadas, um salto de 103,3% em relação ao mesmo período de 2023. Na sequência aparecem a China, com 199,9 mil toneladas (-40,6%), Chile, com 92,5 mil toneladas (+33,9%), Hong Kong, com 89,4 mil toneladas (-11,8%), e Japão, com 75,8 mil toneladas (+137,2%).
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a mudança de liderança entre os destinos de exportação, com a China cedendo lugar para as Filipinas, reflete uma maior diversificação nas vendas externas. “No mês de outubro, dos 10 principais importadores, apenas dois não registraram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial”, afirmou Santin.
Entre os estados, Santa Catarina manteve a liderança nas exportações de carne suína, com 68,6 mil toneladas embarcadas em outubro, um aumento de 45,7% sobre o mesmo mês do ano passado. Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul, com 27,6 mil toneladas (+25,6%), Paraná, com 20,6 mil toneladas (+44,5%), Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-19,2%) e Mato Grosso do Sul, com 2,9 mil toneladas (+54,6%).
Fonte: ABPA
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