O plano de intervenção elaborado pela Embrapa em parceria com Emater do Rio Grande do Sul, tem como objetivo recuperar o potencial produtivo das terras afetadas pelas enchentes no estado Gaúcho.
De acordo com o plano, diversas abordagens serão realizadas, desde o diagnóstico in loco até o uso de tecnologias geoespaciais para definir quais são as áreas prioritárias.
“Nós estamos em sintonia com gabinete itinerante que o Ministério da Agricultura propôs, estamos fazendo visitas as regiões mais atingidas pelo Estado, inclusive, nessa semana esse gabinete estará acompanhado por técnicos da Embrapa que estão também ajudando a identificar quais as principais lacunas, sejam de políticas públicas e ações que sejam importantes de serem desenvolvidas para a restauração da capacidade produtiva, especialmente dessas áreas mais afetadas”, disse o presidente em exercício da Embrapa, Clênio Pillon.
Segundo o levantamento feito por satélite divulgado pela Embrapa, mais de 506 mil hectares de terra foram afetados, com mais de 341 mil imóveis rurais atingidos pela mancha de inundação. Já o impacto da vegetação nativa foi significativo, mais de 90 mil hectares de áreas de proteção ambiental foram atingidos.
Em relação a infraestrutura, as enchentes causaram prejuízo a 85 armazéns de arroz, soja, milho e trigo com capacidade de armazenamento para 750 mil toneladas. Ainda não se sabe a quantidade de grão foram perdidos.
Diante de tamanho Impacto, a Embrapa não definir um prazo para que as terras voltem a ser produtivas.
Segundo Pillon, o impacto das enchentes deverá se estender por vários anos, principalmente na região da Serra Gaúcha.
“Evidentemente que precisamos de um planejamento estratégico no estado com apoio das políticas públicas não só estaduais, mas também federais, que já estão em curso para que a gente possa retomar no médio e longo prazo essa trajetória de referência que o estado do Rio Grande do Sul representa para o país e para o mundo”, disse o presidente.
“O Rio Grande do Sul tem a liderança na produção de soja, liderança na produção de proteína animal e de tantos outros produtos, como é o caso do arroz. Enfim uma referência importantíssima, o Rio Grande do Sul representa 6% do PIB nacional, portanto é um estado cuja base da economia vem do Agro, mais de 40% do PIB do Estado do Rio Grande do Sul tem acento nas atividades agropecuárias e florestais e não tenhamos dúvida nenhuma que esse esforço conjunto nesse momento será fundamental para a gente poder retomar essa trajetória de produção e de produtividade”, concluiu.
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