O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, comemoraram nesta segunda-feira (21) o salto da indústria de transformação brasileira no ranking mundial de produtividade. Em um ano, o Brasil subiu 30 posições, passando de 70º para o 40º lugar entre 116 países. O levantamento tem como base informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e foi realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A produção da indústria da transformação cresceu 2,9% entre os meses de abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A indústria de transformação é responsável por converter matéria-prima em produtos finais ou intermediários para outras indústrias. São exemplos desse ramo a indústria automobilística, metalúrgica e siderúrgica, petroquímica, farmacêutica, alimentícia e de vestuário.
Nova Indústria Brasil e a LCD
Durante participação em um programa do canal por assinatura, em que se debatia o futuro da saúde, Alckmin destacou o salto da política industrial no geral, e dos investimentos no Complexo Industrial da Saúde em particular. Segundo o vice-presidente e ministro do Mdic, o setor será importante para o crescimento sustentável do país.
“A Nova Indústria Brasil é uma indústria inovadora. E um terço da pesquisa científica é na saúde, ela está na vanguarda da inovação – inovadora, sustentável, descarbonizada e competitiva. E uma boa notícia: vai ser lançada agora em outubro a LCD, a Letra de Crédito do Desenvolvimento”, informou o vice-presidente.
“Já tem a LCA (agrícola), a LCI (imobiliário) e vai ter a LCD – comércio, serviços e indústria. Isso é crédito mais barato, e não é governo, é mercado. E quem comprar o título, pessoa física, não paga importo sobre o rendimento. Pessoa jurídica tem uma redução de 25% para 15%. E esse benefício é direto para o tomador, para estimular não só o Complexo Industrial da Saúde, mas toda área de comércio, serviços e indústria.”
Nova Indústria Brasil – Missões para o período de 2024 a 2033:
1 – Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais
- aumentar para 50% participação da agroindústria no PIB agropecuário;
- alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar;
- fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para agricultura familiar.
2 – Forte complexo econômico e industrial da saúde:
- atingir 70% das necessidades nacionais na produção de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.
3 – Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis:
- diminuir em 20% o tempo de deslocamento de casa para trabalho;
- aumentar em 25 pontos percentuais adensamento produtivo (diminuição da dependência de produtos importados) na cadeia de transporte público sustentável.
4 – Transformação digital da indústria:
- digitalizar 90% das indústrias brasileiras;
triplicar participação da produção nacional no segmento de novas tecnologias.
5 – Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas:
- cortar em 30% emissão de gás carbônico por valor adicionado do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria;
- elevar em 50% participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
- aumentar uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.
6 – Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais:
- autonomia de 50% da produção de tecnologias críticas para a defesa.
Recursos para financiamentos
R$ 300 bi até 2026
- Crédito: R$ 271 bi
- Não reembolsáveis: R$ 21 bi
- Equity (investimentos na bolsa de valores): R$ 8 bi
Fonte dos recursos: BNDES, Finep e Embrapii
- Desse total, R$ 77,5 bi (28%) aprovados em 2023
Fonte: Agência Gov
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