Governo brasileiro, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), participou do lançamento da Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latina-Americana, na sexta-feira, 18 de outubro. Durante visita da comitiva de representantes da empresa chinesa Zhuhai Sino-Lac ao município de Santana, no Amapá, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, formalizou um protocolo de intenções entre a plataforma e a Companhia Docas de Santana (CDSA).
O acordo define as diretrizes para a criação de uma rota marítima direta entre a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau ao Porto de Santana das Docas, reduzindo em 14 dias o tempo de transporte em comparação com as rotas tradicionais. A iniciativa posiciona o Porto de Santana como hub estratégico entre Brasil e China, a começar pela importação de biofertilizantes.
Waldez Góes destacou que desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023, o Brasil tem fortalecido acordos de cooperação com a China para simplificar negócios, reduzir barreiras comerciais e abrir novas oportunidades de intensificação das relações sino-brasileiras.
“Recebemos uma delegação chinesa liderada pelo senhor Zhu Chuangxin [CEO da Zhuhai Sino-Lac], com o objetivo de discutir nossas relações comerciais, especialmente em relação à logística estratégica do Porto de Santana, na Região Norte, conforme a prioridade estabelecida pelo presidente Lula. Este ano, teremos a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, e uma comitiva está trabalhando para desenvolver essa agenda na China”, afirmou Góes.
Biofertilizantes
O primeiro lote do biofertilizante, já testado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), começará a chegar em novembro. Os testes iniciais ocorrerão no Amapá, e, posteriormente, haverá uma transferência de tecnologia por meio da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para a produção local. Com esse objetivo, a universidade firmou acordo de cooperação com a Zhuhai Sino-Lac.
Desenvolvimento regional
O ministro Waldez Góes sugeriu que o Porto de Santana seja utilizado para facilitar essa importação, contribuindo para o desenvolvimento regional, uma vez que a importação terá Amazonas como destino inicial. Além de facilitar a importação de biofertilizantes, o protocolo também estabelece o Porto de Santana como foco central para a entrada e saída de produtos entre Brasil e China, futuramente ampliando o escoamento de matérias-primas agrícolas produzidas no Amapá e em outras regiões do Brasil para a China.
“Temos uma parceria sólida, articulada pela Ufra, em colaboração com a prefeitura de Santana, o governo do Estado do Amapá e o Governo Federal. Essa agenda se alinha à Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais, que, a cada ano, certamente ampliará a cooperação comercial entre Brasil e China. A China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil há 50 anos e, nos últimos 15 anos, consolidou-se como nosso principal parceiro”, ressaltou Waldez Góes.
Importação
Ainda na sexta-feira, 18, o ministro participou de reunião na CDSA e de visita técnica ao Porto de Santana com o prefeito do município da cidade, Sebastião Bala Rocha; a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan Tuma; e o presidente da CDSA, Edival Cabral Tork. Bala Rocha afirmou que o adubo orgânico importado será utilizado em estudos para melhorar a fertilidade do solo na região, o que pode beneficiar a produção agrícola familiar, elevando a produtividade e a qualidade das colheitas.
“A criação de uma rota direta entre a China e o Porto das Docas de Santana prevê, principalmente, a importação de biofertilizantes, que é um produto extremamente necessário para o Brasil em relação à sustentabilidade. Em novembro, já chega a primeira carga de 75 toneladas para pesquisas no nosso solo, nos solos do Amapá e da Amazônia. Com essas pesquisas, Santana se tornará um dos grandes importadores de biofertilizantes para o Amapá e o Brasil”, disse o prefeito.
No próximo dia 4 de novembro, uma delegação governamental da província de Zhuhai estará em Macapá para oficializar essa cooperação entre o Governo Federal e o setor privado.
Fonte: Gov.BR
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