A Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (AMA Brasil) posicionou-se firmemente contra a possível alteração da alíquota de importação do nitrato de amônio, matéria-prima essencial para a produção de fertilizantes nitrogenados. A proposta prevê um aumento da tarifa de zero para 15%, o que, segundo a entidade, traria um impacto negativo significativo para o setor agrícola, elevando os custos de produção.
O nitrato de amônio é amplamente utilizado em culturas como cana-de-açúcar e café, sendo que 85% do consumo anual brasileiro, de 1,5 milhão de toneladas, é importado. Em nota, divulgada nesta terça-feira (15), a AMA Brasil destaca que a única produtora nacional, localizada em Cubatão-SP, é incapaz de atender a toda a demanda, já que 65% da sua produção é destinada a outros fins, como a indústria química. O aumento da tarifa, portanto, não aumentaria a produção local, mas geraria apenas lucros para a multinacional produtora, sem beneficiar os agricultores.
Além disso, a entidade ressalta a importância da importação para manter a competitividade do setor agrícola brasileiro. Com uma logística eficiente que envolve o uso de portos para a entrada do insumo no país, o atual sistema garante rapidez e economia na distribuição de fertilizantes.
Diversos setores do agronegócio também manifestaram apoio à posição da AMA Brasil, temendo que o aumento da tarifa beneficie apenas uma produtora multinacional, sem oferecer contrapartidas significativas para o mercado interno. A associação, juntamente com outras entidades, como o Instituto Pensar Agropecuário (IPA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), enviou ofícios ao governo federal solicitando a revisão da proposta.
A AMA Brasil acredita que a medida, caso implementada, prejudicará ainda mais a competitividade do agricultor brasileiro, em um momento no qual o setor já enfrenta desafios relacionados ao custo de insumos.
Fonte: AMA Brasil
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