Com moradores de mais de 90% do território brasileiro convivendo com a falta de chuvas, o Governo Federal trabalha junto a estados e municípios para que não falte recursos e apoio para enfrentar a maior estiagem dos últimos 75 anos no país, o que tem contribuído para o aumento das queimadas. A afirmação foi do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que participou do programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quinta-feira (19).
“Apoio integral é a recomendação do presidente Lula a todos os lugares e as pessoas do Brasil que sofrem ora por enchente, ora por estiagem”
“Nós vamos nos estender até final de dezembro com o problema de estiagem. Nós estamos vivendo a maior estiagem dos últimos 75 anos do Brasil. Então é desafiador. Até o início desta semana, só tínhamos dois estados que não estavam registrando problema com estiagem: Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, afirmou o ministro
O ministério, por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu na quarta-feira (18/9), a situação de emergência em mais dez municípios que enfrentam a estiagem. São eles: Canapi, em Alagoas; Alvarães, Coari, Manaus e Parintins, no Amazonas; Cáceres, no Mato Grosso; São Félix do Xingu, no Pará; Cajazeirinhas e Monteiro, na Paraíba; Afrânio, Caruaru, Jatobá e Petrolina, em Pernambuco, e Poço Redondo e Tobias Barreto, em Sergipe.
Com esse reconhecimento, as prefeituras podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório.
Até o momento, 380 municípios brasileiros estão com reconhecimento federal de situação de emergência devido à estiagem.
“É o município ou o governo do estado que decreta situação de emergência, e chegando o decreto aqui em Brasília, nós faremos o reconhecimento sumário”, explicou Waldez Góes
Citando como exemplo o anúncio de R$ 514 milhões para reforçar o combate aos incêndios e ações contra a seca na Amazônia, feito nesta semana pelo presidente Lula, o ministro reforçou que não vão faltar recursos federais para apoiar estados e municípios.
Para isso, o Governo Federal tem dialogado com deputados, senadores e o Poder Judiciário para que os valores repassados para o combate aos desastres climáticos fiquem foram da meta fiscal.
“Em uma hora de resposta dessa sociedade que sofre, que não pode esperar os ritos, que são os ritos de praxe no Brasil, nós temos que agir rapidamente. E para isso o presidente Lula tem adotado medidas. Quais são elas? Colocar fora do limite fiscal essas providências. Então não faltará recurso. Não faltou recurso para o Rio Grande do Sul e não faltará também para a Amazônia, para o Pantanal e para o Cerrado. Já aprovei vários planos para o Mato Grosso do Sul, estamos agora aprovando plano para Goiás, para o Mato Grosso, como temos feito às demais regiões”, explicou o ministro
De acordo com Waldez Góes, 75% das queimadas na Amazônia estão ocorrendo em áreas privadas. No Pantanal, esse número ultrapassa 90%. E apenas 2,8% dos incêndios começam em reservas federais.
Reunião e sala de situação
Durante bate-papo com radialistas de várias regiões, o ministro comentou a reunião que vai ser realizada na tarde desta quinta-feira com outros ministros e governadores de estados da Amazônia Legal e da região Centro-Oeste, para tratar do cenário na Floresta Amazônica, no Pantanal e no Cerrado.
“A reunião é muito importante porque as queimadas não são de interesse de ninguém. Mesmo que meia dúzia de pessoas acabam passando por cima do interesse maior da coletividade, façam atos que prejudiquem a sociedade brasileira, é bom lembrar que as queimadas, além dela prejudicar o meio ambiente, prejudica a saúde pública, prejudica os negócios do Brasil, os empreendedores são prejudicados. Então não tem vencedor na queimada. Provavelmente no final dela (reunião) nós vamos sair com vários encaminhamentos”, explicou Góes
O ministro falou também sobre a Sala de Situação, criada há mais de dois meses e que monitora de forma constante o cenário ambiental do país, “para que a resposta do Governo Federal esteja permanentemente em sintonia com os governos estaduais e com os governos locais”.
Fonte: Gov.br
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