Os bioinsumos já são uma realidade no setor de frutas e hortaliças. Seu uso crescente tem impulsionando cada vez mais a indústria a ofertar um maior portfólio desses produtos e em grande escala. O Brasil é um protagonista na adoção de bioinsumos. Os produtos biológicos agrícolas movimentaram cerca de R$ 5 bilhões em 2023, avançando a uma taxa média anual de 21% nos últimos três anos, percentual quatro vezes maior do que o mundial para o período, de acordo com a Blink/Croplife Brasil. Dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontam que, em 2023, cerca de 50 milhões de hectares no Brasil foram cultivados utilizando algum tipo de bioinsumo, sendo os biodefensivos e biofertilizantes os mais empregados.
Para evidenciar esse desempenho promissor dos bioinsumos no setor de frutas e hortaliças, a equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizou uma pesquisa exploratória com sua rede de colaboradores. E foi constatado que, de fato, é elevado o percentual de respondentes que fazem uso dos bioinsumos de forma rotineira.
Dentre as principais vantagens apontadas pelos participantes da pesquisa estão o manejo da cultura mais sustentável e a diminuição do nível de resíduos químicos. Outro ponto importante ressaltado é que o uso dos biodefensivos auxilia na rotação dos produtos químicos, visando a diminuição de resistências de pragas e doenças. Além do resultado da pesquisa, estão reproduzidas na matéria de capa importantes declarações de diferentes agentes da cadeia sobre o uso de bioinsumos. Já os principais desafios apontados foram o preço elevado, a regulamentação, a eficácia e, sobretudo, o conhecimento.
Fonte: Cepea
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