Durante o evento, organizado com apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Agência vai promover encontros de negócios entre investidores estrangeiros e entidades nacionais representativas do agronegócio. O Rio + Agro ocorre de 29 de julho a 2 de agosto, na capital carioca
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Agricultura e Pecuária (MAPA) e com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Industria, Comércio e Serviços do governo do estado do Rio de Janeiro (SEDEICS-RS), vai promover, durante a primeira edição do Fórum Internacional para o Desenvolvimento Agroambiental Sustentável, Rio + Agro, uma série de atividades voltadas à atração de investimentos para o país, com foco na transição energética e produção de fertilizantes. Organizado com apoio Governo do Estado do Rio de Janeiro, o evento vai reunir, de 29 de julho a 2 de agosto, no Clube de Golfe do Rio de janeiro, na Barra da Tijuca, especialistas de diferentes partes do mundo para dialogar sobre ciência, tecnologia, inovação e negócios no setor agroambiental, mostrando o protagonismo cada vez maior do Brasil como exemplo global de práticas sustentáveis.
“É uma oportunidade de promovermos a atração de investimentos estrangeiros para suprir os gaps que nós temos dentro da cadeira produtiva do agronegócio como, por exemplo, a nossa dependência de importação de fertilizantes”, afirma o coordenador da gerência de Investimentos da ApexBrasil, Carlos Padilla.
“O agro brasileiro é pujante, somos os maiores produtores e exportadores de diversos alimentos e produtos, e temos como meta reduzir a grande dependência desse insumo que vem de fora”, explica Padilla, se referindo ao Plano Nacional dos Fertilizantes (PNF), que foi revisado e atualizado em 2023 pelo Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), com metas para superar a dependência externa do produto.
Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados pela agricultura brasileira são importados e a meta do PNF é chegar até 2050 com uma produção nacional capaz de atender entre 45% e 50% da demanda interna.
Para alcançar esse objetivo, o PNF prevê a reativação de fábricas, incentivos a novas plantas industriais, investimento na produção de nutrientes sustentáveis, entre outras ações.
“A atração de investimentos internacionais para construir fábricas de fertilizantes no país é uma estratégia fundamental. Precisamos ampliar a nossa produção e, para isso, precisamos de investimentos”, reforça a gerente de Investimentos da ApexBrasil, Helena Brandão.
Com este foco, a ApexBrasil convidou 11 empresas estrangeiras relevantes do segmento de fertilizantes, energia verde e gás natural, de diferentes países, para se reunirem com autoridades e especialistas nacionais do setor, promovendo a discussão de projetos e rodadas de investimentos durante o Rio + Agro. Além dos encontros no evento, a Agência levará ainda os investidores para visitar o Senai CTIQT(Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), escola profissionalizante e centro de capacitação tecnológica e inovação, estruturada para que as empresas e os produtos brasileiros possam competir em um mercado globalizado. Haverá também visita técnica ao Porto do Açu, próximo a São João da Barra, no Norte Fluminense – o maior complexo portuário e industrial privado de águas profundas da América Latina.
“A ApexBrasil e o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da sua Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, tem um acordo de cooperação que tem gerados muito frutos para os negócios e investimentos nas cadeias do agronegócio do Brasil. No Rio+Agro, teremos mais uma atividade importante, pois um evento internacional para o desenvolvimento agroambiental sustentável com uma ação de atração de investimentos para o Brasil com a participação de investidores e empresários de todo o mundo será mais um passo para ampliar a imagem do agronegócio sustentável do Brasil no mundo”, destaca o secretário-executivo do MAPA, Irajá Lacerda.
“O governo do presidente Lula vem trabalhando para impulsionar a indústria nacional de insumos agrícolas e diminuir nossa dependência externa. Sob a liderança do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, reestruturamos o Confert e aprovamos o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), além de incluir incentivos à construção e ampliação de novas fábricas no Regime Especial da Indústria Química (Reiq)”, reforça Carlos Durans, diretor de Insumos e Materiais Intermediários do MDIC. Durans lembra, ainda, que a agroindústria está entre as seis missões da Nova Indústria Brasil, lançada pelo governo em janeiro deste ano.
Potenciais investidores
A maior parte das empresas internacionais convidadas pela ApexBrasil já investe no agronegócio e na produção de energia verde no mercado brasileiros, possuem escritório ou até mesmo fábrica no Brasil. Mas diante do cenário atraente, a Agência observa o interesse dessas companhias para aportar novos investimentos ou até mesmo estabelecer novas filiais aqui no país – justamente para alcançar a meta do PNF.
Dentre as participantes internacionais, por exemplo, está a Casale, empresa suíça que atua com licenciamento e projetos para indústrias de fertilizantes. Em junho deste ano, com o apoio da ApexBrasil, a Casale abriu um escritório em São Paulo, com o interesse de iniciar parcerias e investimentos no Brasil na área de fertilizantes nitrogenados, amônia verde e outros insumos para o agronegócio brasileiro.
“O suporte da ApexBrasil nos últimos dois anos foi fundamental para o nosso estabelecimento aqui no Brasil. Estamos certos de que o mercado brasileiro será crucial para a modernização das plantas industriais existentes e para o desenvolvimento de novas plantas”, afirma o Area Sales Manager – LATAM da Casale, Luca Pasco. Ele afirma que muitas empresas estão planejando novos investimentos no Brasil, neste setor, e que este é um bom momento para atuar no país.
Entre outras empresas de fora que já que já têm escritório ou fábrica no Brasil e participarão do encontro, estão as suíças Eurochem, líder mundial na produção de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, e a Atlas Agro, empresa suíça que acaba de iniciar a construção da primeira fábrica de hidrogênio verde no Brasil, em Uberaba-MG, com investimentos totais de cerca R$ 4,3 bilhões (US$ 850 milhões). Outro participante é o grupo espanhol Solatio, com projeto no Piauí para produção de hidrogênio verde (H2V), que pode viabilizar a produção de fertilizantes verdes.
Das 11 convidadas, somente duas ainda não atuam no país. São as estatais bolivianas YPFB – Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos, homóloga à Petrobras, e a EBIH – Empresa Boliviana de Industrialização de Hidrocarbonetos. Ambas tratarão de temas de gás natural e projetos em conjunto com o Brasil.
Ao todo, o Rio + Agro terá cinco dias de programação, com mais de 50 palestrantes, keynote speakers (palestrantes principais), palestras internacionais e diversas marcas expositoras. O estande institucional da ApexBrasil, em parceria com MDIC e MAPA, no evento, será o ponto de encontro dos convidados estrangeiros.
A abertura do evento será no dia 29, (segunda-feira), e contará com a presença do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, especialistas da Agência e outras autoridades. Há previsão de participação do vice-presidente da república e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.
Fonte: ApexBr
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