O desafio de transformar a capital do Pará na sede da 30ª sessão da Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), em novembro de 2025, foi assumido pelo Governo Federal, juntamente com o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal. A parceria foi reforçada nesta quarta-feira (24) pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante visita a Belém.
“A COP vai acontecer no Brasil, em Belém, com a absoluta qualidade. Não restam dúvidas de que teremos equipamentos de qualidade funcionando, com serviços de qualidade, para oferecer a todos que vierem do mundo inteiro”, afirmou Rui Costa.
De acordo com ele, esse é um desafio que o presidente Lula se propôs, de fazer uma COP na região amazônica.
“Com todos os desafios que temos pela frente, criamos uma estrutura, uma secretaria especial, para dialogarmos de forma permanente com o estado e o município e mostrar a Amazônia para o mundo”, disse o ministro.
A visita a Belém foi acompanhada pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e pelo secretário extraordinário para a COP 30, Valter Correia. A previsão é que o evento atraia mais de 60 mil pessoas, de 10 a 21 de novembro de 2025, para o norte do Brasil, entre delegações, empresários, investidores, pesquisadores, organizações intergovernamentais, ONGs, ativistas e grupos religiosos. Participam da conferência todos os 193 países da ONU e cinco territórios. O investimento do governo federal para a COP-30, por meio da Itaipu, BNDES e Novo PAC, é de cerca de R$ 3,7 bilhões.
O governador do Pará, Hélder Barbalho, contou que foi feita uma prestação de contas de cada obra e intervenção, assim como da estratégia de hospitalidade, mobilidade, segurança pública e do calendário para o evento.
“A estrutura do Parque da Cidade, que visitamos, será o grande ponto de concentração do evento em novembro de 2025. A obra está 49% já executada, com 650 profissionais trabalhando para que sejam entregues até agosto de 2025. São 29 obras em parceria com o Governo Federal. Dessas, 24 estão contratadas e em execução”, ressaltou.
Segundo o governador, as intervenções mudam conceitualmente a cidade de Belém e corrigem problemas históricos da cidade, sejam no campo da mobilidade urbana ou da ocupação desordenada.
“Estamos proporcionando mudanças tanto no centro, com lugares turísticos, quanto na periferia. Os moradores serão beneficiados com esse legado”, definiu Barbalho.
As intervenções incluem infraestruturas viárias, mobilidade urbana, abastecimento de água, saneamento, adequação da estrutura dos portos e do cais do rio. Paralelamente, há financiamentos e condições especiais para empresários que querem investir na infraestrutura do turismo. O investimento direto do Novo PAC, até o momento, em Belém, é de R$ 274 milhões para obras de esgotamento sanitário, do entorno do Complexo Ver-o-Peso, dragagem do canal do Porto de Belém e a construção da estação de tratamento de esgoto.
O ministro das Cidades, Jáder Filho, lembrou o “resgate histórico” que o Governo Federal está fazendo no saneamento de Belém, especialmente no Complexo Ver-o-Peso, além de elogiar outras obras, como a urbanização de favelas e as melhorias no Parque da Cidade, além das novas unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida.
O evento
Para ampliar a quantidade de leitos em Belém, os governos federal, estadual e municipal estão buscando parcerias para atender à alta demanda.
“Poucas seriam as capitais com condições para receber esse evento sem um esforço enorme para ampliar a quantidade de leitos, porque é um evento que vai demandar muitos em um prazo curto. Uma grande oferta serão os leitos em navios, que estamos otimizando as negociações para nos próximos dias termos um contrato que possa garantir aproximadamente cinco mil leitos”, detalhou o ministro Rui Costa. Ele lembrou ainda sobre a cessão de prédios federais, como o da antiga sede da Receita Federal, para se transformar em hotéis e atender ao público atraído pela COP.
A COP começa como um evento das autoridades e depois a programação continua com as reuniões e audiências das representações e dos segmentos envolvidos com a questão climática. “Inicialmente é um encontro dos líderes dos países. Começa como uma reunião dos chefes de Estado, que chegam com suas comitivas. Para esse momento, estão previstas cerca de 11 mil pessoas, mas esse pico da demanda por leito diminui durante a COP, porque isso acontece nos dois primeiros dias”, explicou Rui Costa.
Fonte: Gov.br
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