O Sistema Veterinário Oficial da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), informou, nesta terça-feira (14), que tem acompanhado a notícia da identificação de um foco de febre aftosa registrado na região de Brandemburgo, na Alemanha. Devido a isso, o órgão tem divulgado alertas aos criadores.
“A ocorrência da febre aftosa na Alemanha só corrobora aquilo que já estamos falando há algum tempo: não é porque a gente não tem circulação viral que podemos relaxar com os cuidados, baixar a guarda”, afirma a coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS), Grazziane Rigon.
A febre aftosa ainda tem registros na Ásia, na África e no Oriente Médio. Com a questão da globalização é possível a transmissão da doença de um continente para outro, lembrando ainda que a Venezuela é de risco desconhecido aqui na América, avalia Grazziane.
Dentre as orientações da Seapi aos produtores estão:
– Estar alerta a alguns sintomas que os animais possam apresentar, como feridas na boca, nas patas, na região dos tetos, febre alta e animais babando ou mancando. No caso destes sintomas, é preciso notificar imediatamente a Inspetoria Veterinária mais próxima;
– Realizar desinfecção dos veículos que entram na propriedade, como caminhões de leite ou ração, que são veículos que transitam entre propriedades;
– Restringir o acesso de visitantes, principalmente na área onde ficam os animais;
– Comprar animais com Guia de Trânsito (GTA), que são uma garantia de que aqueles animais estão em dia com as obrigações sanitárias;
– Cercar bem o perímetro da propriedade.
Já para os viajantes, o alerta principal é para que não tragam produtos de origem animal de forma ilegal, principalmente cárneos, como embutidos. De acordo com Grazziane, “o Vigiagro (Programa de Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura e Pecuária) faz um excelente trabalho de vigilância nos aeroportos para que estes produtos não entrem no Brasil, mas é sempre bom lembrar desta obrigatoriedade, já que é uma responsabilidade de todos”.
Grazziane também cita que caso tenha ocorrido visita à exploração pecuária em área com ocorrência de aftosa é importante desinfetar roupas e calçados na chegada, além de evitar o contato com outros suscetíveis por, no mínimo, 48 horas.
A Alemanha não registrava um caso de febre aftosa desde 1988. O Rio Grande do Sul é zona livre de febre aftosa sem vacinação e não registra um caso de febre aftosa desde 2001. Neste ano de 2025 completa quatro anos de status de zona livre de febre aftosa sem vacinação concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Fonte: Seapi/RS
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