A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país voltou a recuar e entrou no intervalo da meta perseguida pelo Banco Central. Segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (15), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 passou de 4,4% para 4,36%. É a quinta redução consecutiva nas projeções.
Para os próximos anos, as expectativas também foram ajustadas para baixo. A inflação projetada para 2026 caiu de 4,16% para 4,1%. Em 2027, a estimativa é de 3,8%, enquanto para 2028 o mercado prevê 3,5%. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que estabelece teto de 4,5%.
Em novembro, o IPCA registrou alta de 0,18%, acima do resultado de outubro, que havia sido de 0,09%. O avanço foi puxado principalmente pelo aumento das passagens aéreas. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,46%, permanecendo dentro do intervalo estabelecido pelo CMN.
Mesmo com a desaceleração da inflação, o Banco Central mantém a taxa básica de juros em 15% ao ano. A Selic está nesse patamar desde junho, após uma sequência de altas iniciada em setembro de 2024. Em comunicado recente, o Copom destacou que o ambiente de incerteza exige cautela e indicou que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado. A taxa é a mais alta desde julho de 2006.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2026 em 12,13% ao ano, com novas reduções previstas para 2027 e 2028, quando a taxa pode cair para 10,5% e 9,5%, respectivamente.
No campo da atividade econômica, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2025 foi mantida em 2,25%. Para 2026, o mercado estima avanço de 1,8%. Em 2027 e 2028, as previsões são de crescimento de 1,83% e 2%. Já a cotação do dólar é estimada em R$ 5,40 ao fim deste ano e em R$ 5,50 no encerramento de 2026.
Com informações do BCB
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