O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15,00% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade, é considerada compatível com a estratégia de fazer a inflação convergir para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, ao mesmo tempo em que suaviza as flutuações do nível de atividade econômica e fomenta o pleno emprego.
O Copom avalia que a manutenção do nível corrente da taxa de juros por um período “bastante prolongado” é a estratégia adequada para garantir a convergência da inflação em um cenário de expectativas desancoradas.
O ambiente externo exige cautela, com incerteza mantida pela conjuntura e política econômica nos Estados Unidos, o que gera reflexos nas condições financeiras globais e tensão geopolítica. No cenário doméstico, os indicadores seguem apresentando a trajetória esperada de moderação no crescimento da atividade econômica, conforme observado na última divulgação do PIB, embora o mercado de trabalho demonstre resiliência.
Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mostraram algum arrefecimento, mas se mantiveram acima da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem elevadas, situando-se em 4,4% e 4,2%, respectivamente.
O Copom reforçou que os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual. Entre os principais riscos de alta estão a desancoragem das expectativas por um período mais longo, uma maior resiliência na inflação de serviços e uma conjunção de políticas econômicas (externa e interna) que gere um impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de um câmbio persistentemente mais depreciado.
Já os riscos de baixa incluem uma desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada, uma desaceleração global mais pronunciada e uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.
O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, o que reforça a postura de cautela em cenário de maior incerteza.
A decisão de manter a taxa de juros no patamar atual reflete a avaliação de que, para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, é necessário manter uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.
Com informações do Bacen
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