O preço da cesta básica de alimentos registrou queda em 24 das 27 capitais brasileiras em novembro, comparado ao mês anterior. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta terça-feira (9) em parceria pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores deflações foram observadas em Macapá (-5,28%), Porto Alegre (-4,10%), Maceió (-3,51%), Natal (-3,40%) e Palmas (-3,28%). Apenas Rio Branco, Campo Grande e Belém tiveram ligeiras elevações. O presidente da Conab, Edegar Pretto, celebrou o resultado, que atribuiu aos efeitos positivos da produção agrícola recorde.
“A notícia é maravilhosa, é mais economia no bolso do povo brasileiro. Aí está o efeito das políticas públicas e o resultado está aí: O Brasil está colhendo esse ano a maior safra agrícola da nossa história, com o consumidor indo ao supermercado com um produto mais barato de excelente qualidade,” afirmou.
A redução no custo da cesta básica foi impulsionada por itens essenciais, com destaque para o arroz agulhinha, que teve queda em todas as cidades acompanhadas, variando entre -10,27% em Brasília e -0,34% em Palmas. O tomate também ficou mais barato em 26 capitais, com variações de até -27,39% em Porto Alegre, devido à maior oferta e maturação da safra. Os valores médios do quilo do açúcar e do leite integral ficaram menores em 24 capitais. Para o açúcar, a queda no varejo resultou da redução de preços no mercado internacional, maior oferta no período de safra e menor demanda, com reduções mais expressivas em Boa Vista (-6,22%) e Aracaju (-6,09%).
No caso do leite, o excesso de oferta no campo e a importação de derivados contribuíram para a queda, que oscilou entre -7,27% em Porto Alegre e -0,28% em Rio Branco. O café em pó também ficou mais barato em 20 capitais, influenciado pela boa produtividade das lavouras e pelo lento processo de negociação de tarifas americanas.
As capitais do Norte e Nordeste continuam registrando os menores valores médios, que têm uma composição diferenciada na cesta básica. Aracaju liderou com o menor custo (R$ 538,10), seguida por Maceió (R$ 571,47) e Natal (R$ 591,38). Já o maior custo foi observado em São Paulo (R$ 842,26), seguida por Florianópolis (R$ 800,68) e Cuiabá (R$ 789,98). Essa diferença se reflete no impacto sobre o salário mínimo: São Paulo lidera o ranking do tempo de trabalho necessário para comprar a cesta, exigindo 121 horas e 55 minutos (59,91% do salário mínimo líquido), enquanto Aracaju requer o menor tempo de trabalho, apenas 77 horas e 59 minutos (38,32% do mínimo líquido). A pesquisa, que agora abrange as 27 capitais brasileiras, é resultado da parceria entre a Conab e o Dieese, reforçando as políticas nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento Alimentar.
Com informações da Conab
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