O cenário de preços do trigo no mercado spot brasileiro neste início de dezembro está sendo desenhado por um claro contraste regional, conforme a análise do Cepea. Os valores pagos pela commodity divergem acentuadamente entre os principais estados produtores e consumidores. No Paraná, por exemplo, as cotações têm recuado significativamente. A pressão de baixa é atribuída, sobretudo, à maior disponibilidade doméstica do grão, que inunda o mercado após a colheita. Em contrapartida, em mercados de maior consumo como Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, o panorama é de maior firmeza nos preços, sustentada pela demanda ativa do setor industrial e consumidor. Essa dualidade também é observada no mercado de balcão, onde a maioria das regiões reporta baixas nos valores pagos diretamente ao produtor, sendo Santa Catarina a única exceção a manter a sustentação dos preços.
Paralelamente à movimentação interna, o comércio exterior do trigo reflete o final da colheita nacional. Os dados da Secex confirmam que as exportações foram retomadas em novembro, atingindo 121,16 mil toneladas, o maior volume escoado pelo país desde março de 2025. Ao mesmo tempo, o fluxo de importações registrou uma queda notável. Em novembro, a entrada de trigo nos portos brasileiros somou 414,56 mil toneladas, o que representa uma redução de 22,4% em relação a outubro e, mais importante, é o menor volume importado desde dezembro de 2023. Essa queda na dependência externa, combinada com a retomada das exportações, indica um fortalecimento temporário da autossuficiência do país no período pós-safra.
Com informações do Cepea
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