Os preços dos feijões carioca e preto mantiveram uma trajetória de queda consistente ao longo de novembro, impulsionados por um cenário de baixa liquidez e negociações focadas quase exclusivamente na reposição de estoques. A análise é baseada no indicador CNA/Cepea. O principal fator de pressão sobre as cotações foi o clima favorável, que ampliou a oferta em importantes regiões produtoras devido ao avanço da colheita. Com o aumento da disponibilidade do produto, a dificuldade em repassar os preços para o atacado e o varejo se intensificou, reduzindo o ritmo de compras pela indústria.
No caso do feijão carioca, a chegada de novos lotes no Sudoeste Paulista reforçou o movimento de baixa, afetando principalmente os produtos de maior qualidade, aqueles de notas nove ou superiores. Embora a demanda se concentrasse nesses lotes recém-colhidos de São Paulo, ela se manteve restrita, levando a quedas significativas. Entre os dias 21 e 28 de novembro, por exemplo, os preços recuaram 4,06% em Itapeva, São Paulo. Goiás e Minas Gerais também registraram baixas, mas em menor intensidade. Já o feijão carioca de notas intermediárias, entre oito e 8,5, apresentou um comportamento de mercado mais irregular e disperso. Em algumas praças de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, os preços cederam devido à maior presença de lotes com umidade elevada e defeitos, como a queda de 4% em Itapeva e de 1,68% em Barreiras, Bahia. No entanto, em regiões de Goiás – Centro/Noroeste, Leste e Sul Goiano – houve altas semanais, impulsionadas por uma demanda mais ativa e uma maior seletividade por parte dos produtores, indicando uma oferta mais limitada nesse nicho. Sorriso, no Mato Grosso, também terminou a semana com leve valorização para esse grupo.
Para o feijão preto (Tipo 1), o movimento de queda foi consistente durante todo o mês, influenciado principalmente pela liquidação de estoques e pela proximidade da nova safra. Segundo o Cepea, a média nacional acumulou um recuo de cerca de 7% em novembro em comparação com outubro. Em Curitiba, os preços recuaram 2,4%, e na Metade Sul do Paraná, a baixa foi de 0,7%. Em São Paulo, as cotações também diminuíram, refletindo a oferta local e o ritmo lento de reposição pelos compradores.
Com informações da CNA
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