A taxa de desocupação do trimestre móvel encerrado em outubro de 2025 recuou para 5,4%, repetindo o menor nível da série histórica iniciada em 2012. O resultado representa queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho e de 0,7 ponto frente ao mesmo período de 2024, segundo dados da Pnad Contínua divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE.
O contingente de desocupados caiu para 5,910 milhões, o menor já registrado pela pesquisa. A redução foi de 3,4% na comparação trimestral e de 11,8% frente ao ano anterior. A população ocupada permaneceu estável, em 102,5 milhões, mantendo o patamar recorde, enquanto o nível da ocupação ficou em 58,8%. O número de empregados com carteira assinada atingiu novo recorde, chegando a 39,182 milhões de trabalhadores.
A taxa composta de subutilização permaneceu em 13,9%, também a menor da série. A população em força de trabalho potencial recuou para 5,2 milhões, menor nível desde 2015, e o total de desalentados caiu para 2,647 milhões, após ter atingido quase 6 milhões em 2021.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o elevado número de pessoas ocupadas nos últimos trimestres tem reduzido a pressão por busca de trabalho, contribuindo para a continuidade da queda da desocupação.
O trimestre registrou avanço em dois grupamentos de atividade: Construção (2,6%, ou mais 192 mil pessoas) e Administração pública, educação e saúde (1,3%, ou mais 252 mil). O grupamento de Outros serviços recuou 2,8%. Na comparação anual, destacaram-se Transportes (alta de 3,9%) e Administração pública (3,8%), enquanto Serviços domésticos e Outros serviços mostraram retração.
A informalidade permaneceu em 37,8% da população ocupada, com 38,7 milhões de trabalhadores, percentual inferior ao observado um ano antes. O emprego com carteira assinada no setor privado segue em trajetória de alta, com crescimento de 2,4% no ano. Já os trabalhadores sem carteira recuaram 3,9% no período.
A massa de rendimento habitual voltou a atingir recorde, chegando a R$ 357,3 bilhões, alta de 5% em relação ao ano passado. O rendimento médio real cresceu 3,9% no mesmo intervalo, com destaque para aumentos em setores como agricultura, construção, administração pública e serviços domésticos.
A Pnad Contínua segue como principal medidor das condições do mercado de trabalho do país, com coleta presencial e por telefone em mais de 211 mil domicílios. O IBGE reforça que a identidade dos entrevistadores pode ser verificada pelo site Respondendo ao IBGE ou pela central telefônica do instituto.
Com informações do IBGE
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