Às vésperas da COP30, a agropecuária brasileira volta ao centro das discussões globais sobre clima. Apesar de especulações internacionais sobre supostos impactos da pecuária na Amazônia, setores produtivos argumentam que o Brasil chega ao evento como vitrine de práticas sustentáveis e de tecnologias que ampliam a eficiência do rebanho sem pressionar novas áreas.
O empresário Sylvio Lazzarini destaca que “a COP30 bate à porta da agropecuária brasileira”, ressaltando que o país se apresenta como referência mundial em sistemas produtivos sustentáveis. Segundo ele, há um descompasso entre percepções externas e o que de fato ocorre no campo.
“Muito temos a ensinar ao mundo quando a pauta é preservação ambiental”, afirma.
Lazzarini rebate a ideia de que a pecuária seria responsável por expansão de pastagens sobre a floresta. Ele lembra que “menos de 20% do rebanho brasileiro vive hoje em confinamento, o que já garante um menor número de emissão de carbono”, e reforça que o país engorda o rebanho “sem a necessidade de avançar por novas áreas de pastagens, muito menos sobre a Amazônia”.
O empresário critica o que chama de interpretações distorcidas sobre as queimadas na região.
“A Amazônia está queimando por política ambiental violada (…). A culpa não é do gado, e muito menos do agropecuarista”, afirma, ao recordar que manchetes sensacionalistas no exterior estimularam conclusões equivocadas sobre o papel da pecuária.
Entre os sistemas que sustentam o avanço da produção sem expansão territorial estão práticas validadas pela Embrapa. O artigo cita o ILPF, que integra lavoura, pecuária e floresta, e o programa Carne Carbono Neutro, no qual o reflorestamento neutraliza o metano emitido pelos animais. Lazzarini classifica os modelos como exemplos de “pecuária ecológica e sustentável desenvolvida no Brasil”.
Mesmo sendo o maior exportador e o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, o país ainda tem espaço para avançar em produtividade. Lazzarini compara o desempenho brasileiro ao de concorrentes como Austrália e Estados Unidos.
“É mais metano com menos produtividade arraigada ao negócio”, afirma, ao explicar que, embora esses países utilizem confinamento em larga escala, apresentam taxas de desfrute semelhantes ou apenas levemente superiores.
Para ele, o Brasil já demonstra ganhos consistentes graças a genética, manejo e suplementação.
“Esse expressivo resultado ‘menos pasto, com mais produtividade’ foi alcançado graças à melhoria genética do rebanho”, diz, destacando a elevação observada em várias regiões, onde a engorda passou “de 1,5 para 4 cabeças por hectare”.
As projeções são otimistas. Com preservação integral da Amazônia e continuidade das práticas sustentáveis, Lazzarini estima que a produção brasileira possa crescer significativamente.
“Podemos prever um aumento de mais de 50% na produção de carnes nos próximos dez anos.”
Com informações da Assessoria de Imprensa
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