O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, em evento no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (15), a realização de uma reunião de negociação com os Estados Unidos nesta quinta-feira (16), com o objetivo de reverter as tarifas extras impostas aos produtos brasileiros. O encontro será o primeiro de alto nível após as conversas entre Lula e o presidente Donald Trump no início do mês.
Ao comentar a videoconferência realizada na semana passada com o líder estadunidense, Lula manteve o tom descontraído.
“Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, disse Lula, fazendo piada com a declaração de Trump sobre a “química excelente” entre os dois em setembro, nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Apesar da brincadeira, a pauta é séria: reverter a taxa adicional de 40% imposta aos produtos brasileiros, em vigor desde 6 de agosto. Após as conversas entre os presidentes, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações. Rubio, por sua vez, convidou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, para liderar a delegação brasileira em Washington, onde desembarcou nesta terça-feira (14).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou a principal linha de argumentação do Brasil. Segundo Haddad, o argumento econômico mais forte é que a medida está encarecendo a vida do próprio povo estadunidense.
Haddad também lembrou que os Estados Unidos já possuem superávit comercial em relação ao Brasil e que há vastas oportunidades de investimento no país, sobretudo nas áreas de transformação ecológica, terras raras, minerais críticos, energia limpa, eólica e solar.
A política de elevar tarifas contra parceiros comerciais foi inaugurada por Trump para tentar reverter a perda de competitividade frente à China.
Inicialmente, em 2 de abril, barreiras de 10% foram impostas ao Brasil. Contudo, a tarifa foi elevada em 40% adicionais em 6 de agosto, em retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre os produtos mais atingidos estão café, frutas e carnes, embora cerca de 700 itens — incluindo suco de laranja, combustíveis, minérios e aeronaves civis — tenham sido excluídos da primeira lista, e outros tenham sido liberados posteriormente.
Com informações da Ag. Brasil
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