A água que escoa pelos canais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) está finalmente começando a reescrever o futuro de centenas de famílias reassentadas no semiárido nordestino. A mudança não está apenas na chegada da água, mas na infraestrutura que a acompanha, prometendo transformar o risco em oportunidade de produção e renda.
No total, 18 Vilas Produtivas Rurais (VPRs) estão sendo contempladas, levando os sistemas de irrigação para 848 famílias agricultoras ao longo dos Eixos Norte e Leste do Pisf.
A iniciativa, coordenada pelo Governo Federal por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), vai além da obra hídrica. Os sistemas de irrigação são adaptados ao perfil produtivo familiar e dimensionados para garantir a produção contínua de alimentos e a segurança alimentar das comunidades.
“O Pisf não se encerra na entrega das obras físicas dos canais. O nosso compromisso, enquanto política pública, é garantir que a água chegue e se transforme em oportunidade econômica para o povo do Nordeste”, explicou Bruno Cravo, diretor do Departamento de Projetos Estratégicos (DPE) da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH).
A estratégia de longo prazo é fazer com que esses reassentamentos se tornem áreas produtivas permanentes. Além da infraestrutura hídrica e da assistência técnica para o manejo agrícola, as famílias recebem acompanhamento técnico-social para fortalecer a organização comunitária e o planejamento das atividades.
Com a garantia de irrigação, o horizonte se abre para o escoamento da produção. As VPRs terão capacidade de abastecer mercados locais, participar de programas de compra institucional e se integrar às redes de abastecimento. A água, assim, deixa de ser apenas um recurso vital para se tornar um pilar de desenvolvimento econômico sustentável e uso consciente do solo.
Com informações do Gov.br
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