O faturamento bruto dos Cafés do Brasil no ano-cafeeiro 2025 foi estimado em R$ 119,05 bilhões, segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária. Caso a previsão se confirme, a receita representará uma alta de 170% em relação aos R$ 44,21 bilhões registrados em 2016. O cálculo tem como base os preços médios recebidos pelos produtores entre janeiro e julho deste ano.
O café arábica continua liderando a receita nacional, com valor bruto de produção (VBP) estimado em R$ 86,59 bilhões, avanço de 127,3% na comparação com os R$ 38,09 bilhões de 2016. Já o café robusta (canephora) foi o que apresentou maior evolução: alta de 438,3% em uma década, passando de R$ 6,03 bilhões para R$ 32,45 bilhões em 2025.
Regionalmente, o Sudeste segue como principal polo da cafeicultura, com projeção de R$ 102,55 bilhões, crescimento de 157,6% em dez anos. O Nordeste, embora com menor participação, teve uma das maiores variações, de 382,8%, saindo de R$ 1,84 bilhão em 2016 para R$ 8,89 bilhões em 2025. No Norte, o VBP passou de R$ 1,19 bilhão para R$ 4,93 bilhões, avanço de 312,8%.
A Região Sul teve expansão mais moderada, de 83,6%, alcançando R$ 1,71 bilhão, enquanto o Centro-Oeste, com a menor receita entre as regiões, também registrou crescimento significativo de 170%, com previsão de R$ 959 milhões.
As estimativas são elaboradas mensalmente pela SPA a partir de dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE. Para 2025, os cálculos levaram em conta os preços médios recebidos pelos produtores de café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e de robusta tipo 6, peneira 13 acima, entre janeiro e junho.
Com informações da Embrapa
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