O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,4% no segundo trimestre de 2025 em relação ao primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (2). O crescimento foi sustentado pelos serviços, que tiveram alta de 0,6%, e pela indústria, com expansão de 0,5%. Já a agropecuária apresentou variação negativa de 0,1%, sem relevância estatística.
Entre as atividades industriais, o destaque foi a alta de 5,4% nas indústrias extrativas, impulsionada pela maior produção de petróleo, gás e minério de ferro. Em contrapartida, houve retração em eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (-2,7%), nas indústrias de transformação (-0,5%) e na construção (-0,2%).
Nos serviços, as maiores contribuições vieram de atividades financeiras (2,1%), informação e comunicação (1,2%) e transporte, armazenagem e correio (1,0%). O comércio ficou estável (0,0%), enquanto administração pública e áreas ligadas a saúde, educação e seguridade social caíram 0,4%.
Na análise da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5% no trimestre, sustentado pela melhora da renda e do crédito. Já o consumo do governo recuou 0,6% e os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, tiveram queda de 2,2%. No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 0,7%, enquanto as importações caíram 2,9%.
Em comparação ao mesmo período de 2024, o PIB cresceu 2,2%. A agropecuária foi o setor de maior destaque, com alta de 10,1%, beneficiada pelas safras de milho, soja, arroz, algodão e café. A indústria avançou 1,1%, apoiada nas indústrias extrativas, e os serviços tiveram crescimento de 2,0%.
No acumulado de quatro trimestres, a economia brasileira registrou expansão de 3,2% frente ao período anterior, com altas na agropecuária (5,8%), na indústria (2,4%) e nos serviços (2,9%). A taxa de investimento ficou em 16,8% do PIB no segundo trimestre, levemente acima dos 16,6% de igual período de 2024, enquanto a taxa de poupança também foi de 16,8%, ante 16,2% um ano antes.
Com o resultado, o PIB brasileiro somou R$ 3,2 trilhões no segundo trimestre de 2025. O desempenho confirma a resiliência da economia, mas evidencia desafios para manter o ritmo diante da queda nos investimentos e do enfraquecimento do consumo do governo.
Com informações do IBGE
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