A Caixa Econômica Federal foi selecionada no segundo leilão do Programa Eco Invest Brasil para financiar a recuperação de 230 mil hectares de terras degradadas, utilizando um modelo de financiamento misto, conhecido como blended finance. A estratégia permitirá aplicar R$ 2 bilhões do programa e mobilizar R$ 1,5 bilhão de capital privado.
O objetivo é converter áreas improdutivas em sistemas sustentáveis de agricultura, pecuária e florestas, individualmente ou integrados. Os recursos poderão ser aplicados por meio de crédito direto ou pela estruturação de fundos de investimento voltados a projetos de recuperação ambiental.
O Eco Invest Brasil busca acelerar a transição ecológica do país, reduzindo custos e mitigando riscos para atrair investimentos privados em larga escala, inclusive externos. Diferentemente do primeiro leilão, esta edição permite a utilização de fundos específicos para execução dos projetos, além de empréstimos e financiamentos bancários tradicionais.
Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, vice-presidente de Sustentabilidade da Caixa, destacou que o programa amplia o apoio a produtores rurais, cooperativas e empresas do agronegócio, promovendo uma economia de baixo carbono.
“Após a recuperação, essas terras aumentarão a oferta de alimentos de forma sustentável, protegendo o solo e os recursos hídricos e contribuindo para o combate ao desmatamento”, afirmou.
O Eco Invest incorpora critérios ambientais, sociais e de governança e é vinculado ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), que financia iniciativas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O primeiro leilão, realizado em 2024, mobilizou R$ 6,8 bilhões, com potencial de alavancar até R$ 45 bilhões em investimentos sustentáveis até 2026.
O programa faz parte do plano Novo Brasil, que busca transformar a indústria, a agricultura e a sociedade por meio de políticas públicas e ferramentas estratégicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e tecnológico.
Com informações da Caixa Econômica
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