Sob a presidência brasileira, os ministros da Indústria e do Comércio dos 11 países que compõem o BRICS finalizam nesta quarta-feira (21), em Brasília, uma série de reuniões decisivas voltadas à cooperação econômica, à modernização industrial e à defesa do multilateralismo. Os encontros, liderados pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (MDIC) e copresididos por Márcio França (MEMP), devem resultar em declarações e documentos estratégicos que serão levados à Cúpula de Chefes de Estado, marcada para julho, no Rio de Janeiro.
A agenda reforça o papel do BRICS como uma das maiores plataformas de articulação entre países em desenvolvimento. Juntos, os membros do grupo representam 39% do PIB global e quase metade da população mundial. Com 26% das exportações e 22% das importações mundiais de bens, os países do BRICS também respondem por uma parcela significativa do comércio internacional, consolidando sua relevância como bloco econômico e político.
Entre os principais temas em discussão estão a transformação digital da indústria, inteligência artificial, economia de dados, apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e adoção de práticas sustentáveis, como a economia circular e a manufatura inteligente. Esses assuntos ganham ainda mais importância diante do avanço da chamada Indústria 4.0 e da necessidade de modernização das cadeias produtivas.
“O Brasil busca aproveitar sua posição de liderança temporária no BRICS para impulsionar uma agenda de crescimento sustentável, inovação e inclusão social. A nova revolução industrial precisa ser vista como oportunidade de reduzir desigualdades e ampliar o acesso a tecnologia”, destacou Alckmin.
Entre os documentos em elaboração estão a renovação da Estratégia para Parceria Econômica do BRICS 2030, a Declaração do BRICS sobre o multilateralismo — com defesa da modernização da OMC — e o Termo de Referência para o Marco de Governança de IA. Também serão definidos compromissos sobre a Economia Circular e apresentado o Plano de Ação para MPMEs (2025–2030), visando fortalecer a competitividade dessas empresas e sua inserção nas cadeias globais de valor.
Outro ponto central das discussões é o Entendimento sobre Governança da Economia de Dados, que busca alinhar políticas nacionais e estimular o compartilhamento de experiências entre os países do bloco. A proposta integra o esforço para assegurar soberania digital, proteger dados estratégicos e ampliar a cooperação tecnológica entre os membros.
Os encontros também incluem reuniões bilaterais entre representantes dos países, com foco no fortalecimento de parcerias comerciais e industriais. Após as reuniões temáticas, serão assinadas as declarações conjuntas da 9ª Reunião dos Ministros da Indústria e da 15ª Reunião dos Ministros de Comércio do BRICS.
A expectativa do governo brasileiro é que os acordos firmados impulsionem não apenas a integração econômica do bloco, mas também o protagonismo do Sul Global na construção de uma nova ordem internacional mais equilibrada e cooperativa.
Com informações do MIDR
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