A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulgou previsões otimistas para o desempenho do complexo soja em 2025, reforçando a importância estratégica do setor para a economia nacional. Mesmo com variações marginais em alguns indicadores, a projeção é de novo recorde na produção de soja, que deve alcançar 169,7 milhões de toneladas — ligeiro aumento de 0,1% em relação à estimativa anterior.
O esmagamento da soja, destinado à produção de farelo e óleo, deve se manter em 57,5 milhões de toneladas. A fabricação de farelo deve atingir 44,1 milhões de toneladas, enquanto a de óleo permanece em 11,4 milhões. Esses volumes sustentam a expectativa de abastecimento interno e exportações robustas.
A ABIOVE também projeta exportações de 108,2 milhões de toneladas de soja em grãos, com pequeno recuo de 0,3% em relação à estimativa anterior. Já as exportações de farelo e óleo de soja devem se manter em 23,6 milhões e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente. As importações de óleo continuam estáveis em 100 mil toneladas, e as de soja devem alcançar 500 mil toneladas para atender à demanda doméstica.
No acumulado de 2025 até março, o processamento de soja já totaliza 11,65 milhões de toneladas, alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2024. Apenas em março, foram processadas 4,67 milhões de toneladas, crescimento de quase 30% em relação a fevereiro, o que demonstra a forte atividade industrial do setor.
Outro dado de destaque é a retração no preço do óleo de soja refinado, que acumula queda de 5,7% desde o início do ano. Essa tendência, que já vinha desde dezembro de 2024, refuta a tese de que o aumento da produção de biodiesel pressiona o mercado de alimentos. Mesmo com avanço de 8,2% na produção do biocombustível no primeiro trimestre — e de 10,1% apenas em março — os preços do óleo continuam em queda. De acordo com a ANP, o preço médio do biodiesel recuou de R$ 6,50/litro para cerca de R$ 5,00/litro (com PIS/Cofins e sem ICMS).
A estabilidade nos preços, mesmo com aumento da produção, reforça a viabilidade econômica e ambiental da política de mistura do biodiesel, que segue alinhada aos compromissos de descarbonização do Brasil. Para a ABIOVE, decisões regulatórias devem se basear em dados concretos e previsibilidade, mantendo o equilíbrio entre segurança alimentar, desenvolvimento industrial e sustentabilidade energética.
Com informações da ABIOVE
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