O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro fechou 2024 com alta de 1,81%, revertendo a trajetória de queda registrada até o terceiro trimestre do ano. O crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo forte desempenho do ramo pecuário, que avançou 12,48% no período. Os dados foram divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
No quarto trimestre, o setor teve um crescimento expressivo de 4,48%, resultado que foi determinante para encerrar o ano com saldo positivo. Ainda assim, a participação do agronegócio no PIB total do Brasil caiu levemente, passando de 23,5% em 2023 para 23,2% em 2024.
De acordo com os pesquisadores do Cepea e da CNA, o desempenho do ramo pecuário foi determinante para esse resultado. A agroindústria de base pecuária e os agrosserviços cresceram 16,8% cada um, impulsionados pela valorização dos preços e pelo aumento da produção de carnes, pescados, couro e calçados.
O crescimento dos agrosserviços reflete a maior demanda por transporte, armazenagem e outras atividades de suporte, resultado do bom desempenho dos segmentos de insumos, produção primária e agroindústria dentro da cadeia pecuária.
Por outro lado, o ramo agrícola teve desempenho negativo, com retração de 2,19% no ano. A principal influência veio da queda de quase 7% no segmento de insumos, puxada por preços mais baixos de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, além da redução na fabricação desses equipamentos.
O segmento primário da agricultura também registrou retração, com queda de 3,54%. Apesar da diminuição nos custos com insumos, a desvalorização de commodities como milho, soja, trigo e algodão, somada à queda de produção dessas culturas, comprometeu os resultados do setor agrícola em 2024.
A análise mostra um cenário de contrastes dentro do agronegócio: enquanto a pecuária sustentou o crescimento geral com forte desempenho, a agricultura enfrentou desafios ligados ao mercado internacional e à redução de preços, o que impactou a renda dos produtores e o valor adicionado no campo.
A expectativa para 2025 é de que o agronegócio siga relevante para a economia brasileira, mas os especialistas apontam que o desempenho dependerá de fatores climáticos, da estabilidade dos mercados internacionais e da recuperação de preços das principais commodities agrícolas.
Com informações do Cepea
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