A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta sexta (28), a edição de março do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), trazendo uma análise detalhada sobre as condições climáticas e seu impacto nas lavouras do país. O estudo aponta que os maiores volumes de chuva foram registrados no Centro-Norte do Brasil, favorecendo o desenvolvimento das culturas de primeira e segunda safra. Por outro lado, algumas regiões enfrentaram restrição hídrica, o que pode afetar a produtividade.
De acordo com o BMA, a umidade do solo foi suficiente para garantir o crescimento adequado das lavouras na maior parte do território nacional. No entanto, a falta de chuvas regulares impactou parte do Nordeste e do Norte de Minas, bem como áreas localizadas em estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nessas regiões, a distribuição irregular das precipitações afetou a semeadura e o desenvolvimento inicial do milho de segunda safra.
Os dados espectrais analisados no relatório indicam condições favoráveis para os cultivos de primeira safra. Apesar do atraso inicial na semeadura da soja, o índice de vegetação (IV) evoluiu acima da média e da safra passada durante a maior parte do ciclo reprodutivo. Em Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, no entanto, o crescimento desse índice desacelerou em dezembro e janeiro devido à escassez de chuvas e às altas temperaturas.
A colheita do arroz também foi analisada no boletim e apresenta avanço significativo. O tempo seco e os dias ensolarados nos principais estados produtores têm contribuído para o bom ritmo da colheita, garantindo produtividade e qualidade satisfatórias. No Rio Grande do Sul, no entanto, há relatos de variação na qualidade dos grãos, atribuída às irrigações intermitentes e às amplitudes térmicas elevadas.
O Boletim de Monitoramento Agrícola é uma publicação mensal elaborada em parceria entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). A análise também conta com contribuições de agentes que coletam dados em campo, fornecendo informações precisas e atualizadas sobre o cenário agrícola brasileiro.
Por Cristiane Ferreira
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