O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024 em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 11,7 trilhões em valores correntes. O resultado foi impulsionado pelo avanço da indústria (3,3%) e dos serviços (3,7%), enquanto a agropecuária registrou queda de 3,2%. O PIB per capita atingiu R$ 55.247,45, com um crescimento real de 3,0%.
Desempenho setorial
O setor industrial teve destaque, principalmente na construção civil, que avançou 4,3%, e nas indústrias de transformação, que cresceram 3,8%. A produção de veículos, máquinas e equipamentos e produtos alimentícios impulsionou esse desempenho. A indústria extrativa também teve um leve crescimento de 0,5%, enquanto a produção e distribuição de eletricidade e gás subiu 3,6%, favorecida pelo aumento da demanda devido às temperaturas mais altas ao longo do ano.
No setor de serviços, todas as atividades registraram crescimento. Informação e comunicação liderou o avanço com 6,2%, seguida por outras atividades de serviços (5,3%), comércio (3,8%) e atividades financeiras (3,7%). O transporte, armazenagem e correio cresceu 1,9%, enquanto a administração pública avançou 1,8%.
Já a agropecuária teve um desempenho negativo, impactada por condições climáticas adversas que reduziram a produção de culturas importantes. A soja e o milho, principais produtos do setor, registraram quedas de 4,6% e 12,5%, respectivamente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Investimentos e consumo
A taxa de investimento no país foi de 17,0% do PIB, acima dos 16,4% registrados em 2023. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos produtivos, avançou 7,3% no ano, impulsionada pela ampliação da construção civil e pelo aumento na produção e importação de bens de capital.
O consumo das famílias teve alta de 4,8%, impulsionado pela melhora do mercado de trabalho, pelo crescimento do crédito e pelos programas de transferência de renda do governo. Já o consumo do governo aumentou 1,9%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9%, enquanto as importações tiveram um salto de 14,7%, com destaque para a compra de produtos químicos, máquinas e equipamentos e veículos automotores.
Desempenho no quarto trimestre
No último trimestre de 2024, o PIB teve uma leve alta de 0,2% em relação ao trimestre anterior. A indústria cresceu 0,3% e os serviços tiveram variação positiva de 0,1%, enquanto a agropecuária recuou 2,3%. Em relação ao quarto trimestre de 2023, o crescimento foi de 3,6%, marcando o 16º resultado positivo consecutivo nessa comparação.
A construção civil (2,5%) e as indústrias de transformação (0,8%) puxaram a alta da indústria no trimestre. No setor de serviços, o comércio (0,3%) e o transporte (0,4%) apresentaram variações positivas, enquanto as atividades financeiras e de comunicação registraram queda.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias recuou 1,0% no trimestre, mas a Formação Bruta de Capital Fixo avançou 0,4%. No comércio exterior, as exportações caíram 1,3%, enquanto as importações tiveram leve recuo de 0,1%.
O crescimento de 3,4% em 2024 mostra um desempenho positivo da economia brasileira, apesar dos desafios enfrentados pela agropecuária. O aumento dos investimentos e do consumo das famílias sustentou a expansão do PIB, enquanto a indústria e os serviços foram os principais motores do crescimento.
Para 2025, a continuidade da recuperação econômica dependerá do desempenho da safra agrícola, das condições do mercado de trabalho e da evolução do cenário global, que pode influenciar o comércio exterior do país.
Com informações do IBGE
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