Em entrevista exclusiva ao AgroMais nesta quinta-feira (27), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ressaltou as ações do governo para fortalecer o crédito rural e ampliar a produção de alimentos no Brasil. Ele destacou o Plano Safra 2024/2025, que atingiu um volume recorde de recursos, e as iniciativas para garantir maior acesso ao financiamento para pequenos produtores.
Segundo o ministro, o aumento no número de contratos do Plano Safra demonstra o compromisso do governo com o setor agrícola.
“Nós entramos aqui com 1,4 milhão de contratos e terminamos o ano com 1,8 milhão. Este ano, devemos chegar a 2 milhões de contratos, ampliando o crédito para mais agricultores”, afirmou Teixeira.
Ele também mencionou o programa Desenrola Rural, lançado recentemente, que oferece descontos de até 95% para a renegociação de dívidas de pequenos agricultores.
“Muitos produtores estavam impedidos de acessar o crédito por conta de pendências bancárias. Com o Desenrola, eles podem regularizar sua situação e voltar a investir em suas lavouras”, explicou.
Outro ponto abordado foi o fortalecimento das compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“São instrumentos fundamentais para garantir mercado aos agricultores familiares e assegurar que os alimentos cheguem à mesa do povo brasileiro”, disse o ministro.
Teixeira também comentou sobre os impactos da valorização do real frente ao dólar na redução dos preços dos insumos agrícolas e na estabilização do custo da produção. Além disso, reforçou que o governo está dialogando com as cadeias produtivas para conter os preços dos alimentos e investindo na ampliação da capacidade de armazenagem para equilibrar a oferta no mercado.
“A nossa prioridade é garantir que os alimentos estejam acessíveis para todos os brasileiros. Por isso, estamos investindo na infraestrutura de armazenamento, no financiamento agrícola e no apoio aos pequenos produtores, garantindo uma oferta maior e preços mais justos”, concluiu o ministro.
Por Cristiane Ferreira
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