Em entrevista exclusiva para o Agromais nesta quinta-feira (9), o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luiz Rua, destacou que o Brasil alcançou um faturamento impressionante de 164,4 bilhões de dólares em exportações agropecuárias em 2024, um resultado que, embora represente uma leve queda de 1,3% em relação ao recorde de 2023, reafirma a força do agronegócio brasileiro no cenário global. Rua enfatizou que, apesar das dificuldades enfrentadas devido à quebra na safra de grãos como soja e milho, setores como café, açúcar e carnes continuaram a mostrar crescimento significativo, evidenciando a resiliência do Brasil na segurança alimentar global.
O secretário também destacou a importância da diversificação de produtos e mercados, com o Brasil abrindo 222 novos mercados em 2024 e somando um total de 300 desde 2023. Segundo ele, essa diversificação reflete um esforço contínuo do governo para expandir as exportações, incluindo produtos menos tradicionais, que tiveram um aumento de 7%. Rua mencionou a abertura de mercados para produtos como sorgo e gergelim, além de frutas e proteínas, visando atender a demandas específicas de mercados como o Oriente Médio e a China, que continuam a ser um parceiro comercial crucial para o Brasil.
Rua ressaltou que a relação com a China permanece positiva, com o Brasil respondendo por cerca de 50% das importações chinesas de produtos agropecuários. Ele também abordou a recente investigação da China sobre as importações de carne bovina, esclarecendo que não há interferência nas exportações brasileiras e que o governo está trabalhando para demonstrar que o Brasil é um parceiro seguro e complementar à produção chinesa. Essa defesa é crucial para manter a confiança e a continuidade das exportações em um mercado tão estratégico.
Por fim, o secretário Luiz Rua enfatizou a importância da vigilância sanitária no setor agropecuário, especialmente em relação à gripe aviária e outras doenças que podem afetar a produção. Ele destacou que o Brasil é um dos poucos países que nunca registrou casos de influenza aviária, e isso deve ser mantido por meio de protocolos rigorosos de biosseguridade. Com um recorde de 5,3 milhões de toneladas de carne de frango exportadas, a expectativa é que o Brasil continue a solidificar sua posição como um dos principais fornecedores de proteína ao mercado internacional.
Assista a entrevista na íntegra.
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