O Núcleo de Relações Internacionais, formado por CNA e federações de agricultura e pecuária, se reuniu, na quinta-feira (19), para debater o Acordo entre Mercosul e União Europeia e questões relativas à China.
O vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Federação da Agricultura da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, fez a abertura do encontro e falou sobre a importância da pauta de exportação para o agronegócio brasileiro.
“Trabalhamos para diversificar e expandir as marcas brasileiras no mercado internacional. O principal objetivo do Agro.Br, por exemplo, é criar oportunidades para produtores de todos os tamanhos – desde os pequenos e médios até os grandes”, afirmou Gedeão.
Ele também destacou a atuação da CNA na presidência da Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM), com mandato até 2025. A FARM tem o objetivo de defender os interesses comuns de produtores rurais dos países da região.
A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, fez um balanço de 2024 e falou das perspectivas para 2025. Ela também avaliou o ponto de vista do produtor em relação ao acordo de livre comércio entre Mercosul e da União Europeia.
A diretora tratou, ainda, de alguns pontos do acordo e também falou sobre a preocupação do Brasil em relação ao Green Deal (Pacto Verde) e a legislação antidesmatamento (EUDR).
Segundo Mori, o mercado europeu é importante para ao agro brasileiro, sendo o segundo principal destino das exportações agropecuárias brasileiras. Só no passado, foram exportados US$ 25,5 bilhões.
O coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, Felipe Spaniol, fez um balanço das ações no decorrer do ano, como a ampliação das relações comerciais com países parceiros e realização de missões. “No próximo ano, vamos trabalhar para uma participação mais representativa nos organismos internacionais para contribuirmos com o debate”, destacou Spaniol.
A assessora de Relações Internacionais, Rosi Bandera, apresentou um balanço e falou das perspectivas do Agro.Br para 2025. O projeto é desenvolvido pela CNA em parceria com a ApexBrasil. “A novidade para o próximo ano é que teremos o Sebrae como parceiro. Cada instituição utilizará suas expertises para contribuir com o acesso de produtores aos mercados internacionais”, disse.
O assessor de Relações Internacionais, Pedro Rodrigues, abordou questões relativas à China. De acordo com ele, a China é o principal mercado para as exportações do agro brasileiro e responde por 36,2% do total (US$ 166,5 bilhões) e tende a aumentar.
A maioria dos produtos exportados são grãos e carnes. Rodrigues destacou que o consumo sofisticado da China tende a crescer em termos de poder aquisitivo, o que gera oportunidades para a diversificação de pauta e para o acesso de produtos não tradicionais no comércio internacional.
Participaram da reunião os presidentes de Federações da Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, do Acre (Faeac), Assuero Veronez, e de representantes técnicos e líderes do setor.
Fonte: Faesp
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