O segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos pode trazer mudanças significativas para o comércio global e gerar desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro. Essa é a avaliação do Boletim CiCarne nº 68, divulgado pela Embrapa, que analisa os possíveis efeitos políticos e econômicos dessa reeleição, com destaque para a cadeia produtiva da carne bovina.
O boletim aponta que a manutenção de políticas protecionistas e isolacionistas pelos Estados Unidos pode intensificar tensões comerciais globais, especialmente com a China. Nesse contexto, enquanto tarifas elevadas sobre produtos chineses podem fortalecer a posição do Brasil como fornecedor alternativo de carne bovina para o mercado asiático, a instabilidade nas relações comerciais internacionais exige cautela do setor.
“A reeleição de Trump reforça a necessidade de o Brasil diversificar seus mercados de exportação e investir na consolidação de práticas sustentáveis de produção”, destaca o estudo. Segundo a Embrapa, embora o Brasil possa se beneficiar de um aumento na demanda chinesa, o risco de alterações abruptas nas políticas comerciais americanas é uma preocupação para a estabilidade econômica global.
O documento também analisa os possíveis impactos da postura de Trump em relação a acordos climáticos internacionais, como o Acordo de Paris. A promessa de revisar ou abandonar compromissos ambientais pode enfraquecer as discussões globais sobre sustentabilidade, colocando pressão sobre países como o Brasil para demonstrar que sua carne é produzida de forma responsável e com baixo impacto ambiental.
Para lidar com esse cenário desafiador, o boletim recomenda estratégias como a diversificação de mercados, o fortalecimento da diplomacia comercial e o uso de tecnologia para garantir competitividade e resiliência. A Embrapa enfatiza que a inteligência estratégica e a inovação serão essenciais para manter a posição do Brasil como líder no mercado global de carne bovina.
Embora o cenário internacional apresente incertezas, o Boletim CiCarne destaca que o agronegócio brasileiro tem a capacidade de se adaptar e aproveitar oportunidades, desde que os desafios sejam enfrentados com planejamento e ações coordenadas entre governo e setor produtivo.
Com informações da Embrapa
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