Pesquisadores do Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP não constataram, pelo menos por enquanto, mudanças no mercado pecuário nem no segmento atacadista de carne bovina em função do “episódio Carrefour”. Nesta segunda-feira, os preços da carne com osso no atacado da Grande São Paulo, referência de consumo, se mantiveram estáveis em relação aos valores da sexta-feira.
O patamar atual é o mais alto em quase 4 anos. Desde o começo de agosto, a carne com osso no atacado da Grande São Paulo já subiu cerca de 50%, segundo o Cepea. O preço do boi gordo no estado de São Paulo também teve o mesmo reajuste.
Um quilo de carcaça casada de boi, que reúne parte do dianteiro, da ponta de agulha e do dianteiro, foi negociado no atacado da Grande SP na média de R$ 23,89 tanto na sexta quanto nesta segunda-feira. O corte traseiro teve média à vista de R$ 27,02 e o dianteiro, de R$ 21,09, segundo dados do Cepea/Esalq.
Os pesquisadores explicam que as negociações tanto de animais para abate quanto de carne se mantêm aquecidas, com os preços em alta ao longo de todo este semestre. Desde agosto, em especial, os preços têm tido altas praticamente diárias. O impulso vem da demanda aquecida tanto do consumidor brasileiro quanto dos importadores da carne brasileira. As vendas dos frigoríficos nacionais têm batido recordes sucessivos.
Em outubro, por exemplo, as exportações brasileiras de carne bovina (in natura + processada) foram 42% maiores que as de outubro/23. Na parcial do ano (janeiro até outubro), o avanço foi de 29,5%.
Fonte: Cepea
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