A Comissão Nacional de Irrigação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na segunda (18), para tratar, entre outros temas, do automonitoramento do uso da água, as experiências da integração de estudos científicos na gestão hídrica da agricultura irrigada no oeste da Bahia, além do balanço do ano e das perspectivas para 2025.
O presidente da Comissão, David Schmidt, falou dos ganhos deste ano e destacou a participação do grupo em vários fóruns no Brasil e na América Latina. “Pudemos marcar presença e mostrar a importância da irrigação para o desenvolvimento e sustentabilidade da agricultura brasileira e isso só foi possível graças à participação efetiva de toda a comissão e do nosso comitê técnico”, destacou.
A superintendente de Fiscalização da Agência Nacional de Águas (ANA), Viviane Brandão, fez uma apresentação sobre o automonitoramento do uso da água, detalhando desde os objetivos, passando pelo fluxo de transmissão telemétrica de dados até a utilização, pelos produtores rurais, do aplicativo DeclaraÁgua.
O gerente de sustentabilidade da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Eneas Porto, tratou da integração de estudos científicos na gestão hídrica da agricultura com base na experiência do oeste da Bahia.
“É preciso ter a integração entre ciência e agricultura irrigada, além de ser fundamental ter sustentabilidade e inovação na gestão hídrica, com um trabalho contínuo na defesa da agricultura irrigada”, destacou.
A assessora técnica da CNA, Jordana Girardello, fez um balanço das principais ações e conquistas da comissão neste ano e fez uma prospecção de como será em 2025.
“No tocante à segurança alimentar, a irrigação e os recursos hídricos terão um cenário importante no cenário mundial. Com o aumento dos custos de produção nos sistemas irrigados, puxados pelo custo da energia elétrica e o investimento na tecnologia, o país precisará elaborar uma política nacional para a segurança alimentar que garanta a competitividade dos produtores rurais brasileiros”, afirmou Jordana.
Segundo ela, o ano de 2025 terá o desafio de definir alternativas ao fornecimento de energia elétrica para as atividades de irrigação e aquicultura e demais atividades agropecuárias em alternativa do uso da Conta de Desenvolvimento Elétrico (CDE).
Para David Schmidt, também será importante continuar o trabalho relacionado à pesquisa. “A Comissão Nacional de Irrigação aposta muito nisso, no aprofundamento das pesquisas no próximo ano. Vamos atuar para capitalizar essas pesquisas para diminuir os conflitos relacionados ao uso da água aqui no Brasil”, concluiu.
Fonte: CNA
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