O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro apresentou nova queda no segundo trimestre de 2024, com retração de 1,28%, acumulando uma redução de 3,5% no ano. Esses dados foram divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A perspectiva é que, ao final do ano, o PIB do setor represente 21,8% do total da economia brasileira, abaixo dos 24% registrados em 2023.
A principal causa apontada para esse desempenho negativo é a queda dos preços das commodities agrícolas, que vem ocorrendo desde 2023. O menor volume de produção de produtos-chave, como soja, milho e cana-de-açúcar, também foi um fator determinante, especialmente no segmento agrícola. De acordo com o levantamento do Cepea/CNA, o PIB do ramo agrícola caiu 1,22% no segundo trimestre, acumulando uma retração de 5,1% no ano.
Apesar da queda geral, o setor pecuário teve um desempenho ligeiramente melhor. O PIB do ramo pecuário recuou 1,2% no trimestre, mas ainda registra crescimento de 0,5% no acumulado de 2024. Esse resultado positivo está associado ao crescimento nos segmentos de agroindústria (+5,29%) e agrosserviços (+3,78%).
Esses números refletem o impacto de um cenário desafiador para o agronegócio brasileiro, que enfrenta pressões tanto internas quanto externas, como a oscilação dos preços internacionais e a diminuição da demanda global. Ao mesmo tempo, o setor industrial e de serviços dentro do agronegócio têm mostrado resiliência, ajudando a amenizar as perdas do setor primário.
Com a expectativa de que o agronegócio represente uma fatia menor do PIB nacional em 2024, o setor precisará enfrentar desafios relacionados à recuperação dos preços e ao aumento da produtividade, principalmente nas lavouras de grande escala, para retomar seu ritmo de crescimento.
Com informações do Cepea
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