O embaixador dos Emirados Árabes Unidos Saleh Alsuwaidi e representantes da empresa Al Foah foram recebidos pelo governador da Bahia Jerônimo Rodrigues, nesta quarta-feira (18).
No encontro, foram discutidos detalhes da parceria entre a empresa árabe e o estado para o plantio de tâmaras no Brasil, uma iniciativa ainda inédita no país.
O comportamento de doze variedades de tamareiras já está sendo avaliado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília, para onde 110 mudas foram enviadas para observação sanitária. Posteriormente, as plantas serão encaminhadas para estudos no oeste e norte baianos, onde os biomas do Cerrado e da Caatinga possuem solos e condições climáticas que se assemelham muito aos encontrados na Arábia Saudita.
Segundo Jerônimo Rodrigues, a Bahia tem potencial para ser o principal exportador brasileiro de tâmaras, dentro de seis anos.
“Ainda vamos fazer experiências dessas variedades para, então, produzir, beneficiar e consumir no Brasil e na América Latina. Nós temos clima favorável, solo favorável e a expertise do nosso semiárido. As mudas são quase adultas, dentro de dois anos elas começam a produzir, com cinco, seis anos, já dá para produzir comercialmente”, estimou.
Futuramente, a empresa árabe fará a doação de mais de 1800 mudas de espécies que terão o seu desenvolvimento acompanhado pela Embrapa e pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), para avaliar a sua adaptação ao ambiente baiano.
O Brasil importa cerca de 600 toneladas de tâmara da empresa árabe, por ano, fator que criou o interesse na parceria.
Segundo o vice-presidente da companhia, Mohamed Ghanim Al Mansoori a resposta da tamareira no solo baiano será avaliada e, então, serão realizados melhoramentos genéticos para que o próprio país já possa comercializar a fruta internamente.
“Sendo bem sucedida a experiência, nós vamos aumentar a quantidade de mudas até chegarmos a 10 mil árvores [no estado]. Esse é o nosso objetivo. Então, depende do resultado desse primeiro passo, do nosso planejamento e do sucesso desse ensaio, só então passaremos para as variedades ajustadas, certas para a Bahia, para o solo baiano”, disse.
Com informações do Governo da Bahia
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