A CNA, o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) promoveram, na quinta (5), o wokshop “Agro e o Mercado de Capitais” para debater desafios e oportunidades do mercado privado de crédito e as novas fontes de financiamento para o setor.
O evento teve o apoio da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), da bolsa de valores B3, da corretora Nova Futura Investimentos e da Serasa Experian.
Na abertura do encontro, o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, destacou o avanço do agro nos últimos anos, em função da ciência e tecnologia, empreendedorismo e tropicalização dos solos, e disse que o crédito rural subsidiado não tem acompanhado essa evolução.
“Toda essa transformação só acontece com recursos e investimentos. Então o mercado financeiro privado e as novas fontes de financiamento são uma alternativa para o produtor, seja pequeno ou grande, e precisamos colocar ele em contato com esse ambiente e avançar de forma mais rápida nessa sinergia”, disse.
Em seguida, o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Arnaldo Jardim, afirmou que o agro, um setor dinâmico e com novos métodos de produção, tem mostrado maturidade e consistência ao buscar novas fontes de financiamento.
“O setor é moderno e inovador e precisa dialogar com o mercado”, disse.
O parlamentar também falou sobre a importância de difundir o avanço de novos instrumentos financeiros e também sobre o aumento de recursos do seguro rural, diante das mudanças climáticas.
“A área agrícola segurada com o programa de subvenção do governo chega a 8% e não podemos conviver com esse clima sem um ‘paraquedas’ eficiente”, afirmou.
Para a superintendente de Relacionamento com Clientes da B3, Fabiana Perobelli, os riscos e incertezas fazem parte de toda atividade empresarial e o agro não é uma exceção.
“A aproximação entre mercado financeiro e os produtores vai permitir um novo nível de previsibilidade e segurança para os negócios desse setor, que é referência mundial em eficiência, inovação e produtividade”.
Segundo Fabiana, a Cédula de Produto Rural (CPR) é um importante instrumento de crédito e tem se consolidado no mercado.
“A CPR registrada na B3 pode ser utilizada como lastro para operações no mercado de capitais de CRAs, CDCA e Fiagro, aumentando as possiblidades de funding para o agro. Esses registros trazem segurança e transparência tanto para o mercado, quanto para os produtores”.
Durante a abertura do workshop, o sócio fundador da Nova Futura Investimentos, Joaquim da Silva Ferreira, disse que a entrada do agronegócio no mercado de capitais é extremamente importante e necessária.
“O setor carece de mais recursos e possibilidades e uma forma mais fácil de entrar nesse mercado é pelas bolsas e corretoras como a Nova Futura”.
Joaquim também informou que a corretora está à disposição dos produtores e outros agentes que tenham interesse em aprender sobre o mercado de capitais. “Temos cursos gratuitos, oportunidades e relatórios como forma de contribuir com àqueles que ainda não acessaram esse mercado”.
Em sua fala, o diretor de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, destacou que existe um mercado muito maior do que tem sido enxergado hoje, com oportunidades de acelerar o crescimento das exportações brasileiras. Marcelo acredita que a empresa tem um papel relevante em prover informações de análise de crédito que ajudam a fazer avaliações de risco no mercado financeiro.
Com informações da CNA
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