A castanha-do-brasil é um alimento rico em proteínas e minerais, consumido in natura ou desidratado. Visando promover o fortalecimento da cadeia produtiva da castanha no estado, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) realiza na sexta-feira (30) o “Dia de Campo da Castanha”, na Fazenda Aruanã, em Itacoatiara.
A Embrapa estará representada no evento, pela pesquisadora Liane Ferreira indicada para representar a chefia da Unidade, e pelo pesquisador Roberval Lima, que dará palestrante na estação 4, sobre o tema “Tecnologias externas para plantio com foco em produção madeireira”.
Com expectativa de receber cerca de 100 participantes, o evento será realizado na Fazenda Aruanã, localizada no Km 213 da rodovia AM-010, onde tem 1,3 milhão de castanheiras plantadas para produção de castanha, recuperação de áreas degradadas e atender a demanda de amêndoa, uso madeireiro e serviços ambientais.
O Dia de Campo tem como objetivo difundir tecnologias e conhecimentos sobre a produção de mudas, plantio, produção de madeira, frutos e serviços ambientais, através do cultivo de castanheiras no Amazonas.
“Esse evento é uma oportunidade única para aprender e trocar experiências sobre a produção sustentável da castanha do Brasil, fortalecendo a economia local e promovendo práticas agrícolas sustentáveis no estado”, informa Luiz Rocha, chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal do Idam.
O evento é uma iniciativa do Idam em parceria com a Fazenda Aruanã, Instituto Excelsa, Embrapa, Sicoob, Prefeitura de Itacoatiara e a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea). Durante o evento, serão montadas quatro estações temáticas abordando temas como regularização ambiental, banco de sementes, técnicas de plantio e produção madeireira. As inscrições para o Dia de Campo são gratuitas e estão abertas para produtores rurais, técnicos, estudantes e específicos em geral.
Tecnologias da Embrapa para a região amazônica
A Embrapa tem desenvolvido, ao longo dos anos, atividades de pesquisa e desenvolvimento com a Bertholletia excelsa , a castanheira. O pesquisador Roberval Lima cita que no Amazonas as pesquisas abrangem tanto aspectos relacionados com a biologia da planta, como o desenvolvimento de métodos eficientes de manejo da espécie in-situ (em seus ambientes naturais) e ex-situ (fora de seus habitats naturais) .
A germinação lenta e desuniforme foi superada com um método simples e acessível a qualquer produtor de mudas: a remoção da casca das sementes. O método faz com que as sementes germinem 30 dias após a semeadura, obtendo-se, de 5 a 6 meses após a semeadura, porcentagem de germinação próxima a 80%. No sistema tradicional de semeadura das sementes com casca, a germinação só se inicia entre 150 e 180 dias após a semeadura e se prolonga por mais de 1 ano.
Roberval cita que outra técnica de alto impacto é um exercício de copa, que possibilita a obtenção de plantas com porte mais baixo, mais produtivo e pode reduzir o tempo para iniciar a frutificação. No campo do Manejo e Produção, a ênfase tem sido dada às pesquisas em que é feita a seleção de plantas com boa produtividade de frutos e com amêndoas de qualidade. Os primeiros clones, selecionados tanto em áreas de cultivo como em castanhas nativas, já estão sendo avaliados em campo, o que possibilitará, no futuro, o lançamento de variedades clonais competitivas.
Fonte: Embrapa
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