O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a isenção de impostos da carne e a inclusão na cesta básica, na regulamentação da Reforma Tributária.
“A proteína animal não é a vilã. O impacto na alíquota padrão será pequeno, quando comparado aos benefícios para a população brasileira”, afirmou Fávaro, durante reunião do Conselho do Agronegócio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), nesta terça-feira (27). “A reforma é um marco histórico. O simples fato dela simplificar os impostos já é um grande avanço”, avaliou.
Fávaro detalhou as ações promovidas pelo Ministério, entre elas a criação de uma nova linha dolarizada dentro do Plano Safra, oferecendo juros atrativos para produtores, além do fortalecimento das relações do Brasil com o mundo.
“Habilitamos novas plantas frigoríficas e fechamos um acordo com a China, que movimentará cerca de US$ 500 milhões”, revelou.
O ministro destacou, ainda, que o Brasil se declarou livre de febre aftosa sem vacinação, o que abrirá novas oportunidades para o setor. Ele adiantou que o país está desenvolvendo um plano nacional de fertilizantes, para nacionalizar a produção. Atualmente, apenas cerca de 20% dos fertilizantes usados no país são produzidos em terras brasileiras.
“Em 2023, a agropecuária brasileira cresceu 15%, sendo o setor que mais se destacou na economia”, comemorou Fávaro.
MODERNIZAÇÃO DO INMET
Cerca de R$ 200 milhões serão destinados para a modernização do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), subordinado ao Ministério da Agricultura. “Em tempos de mudanças climáticas, nosso instituto de meteorologia é ainda muito analógico e necessita que os servidores coletem dados diariamente. Investiremos para fazer a modernização, a simplificação e o uso de algoritmos pelo Inmet. Até o fim de 2026 teremos o melhor instituto meteorológico da América Latina”, projetou.
SEGURO RURAL
Fávaro citou a necessidade de modernização do seguro rural, com uso de algoritmos e inteligência artificial. “Há modelos a serem seguidos, mas o desafio é fazer isso se tornar realidade. Quando modernizarmos a base do seguro, teremos um sistema mais sustentável economicamente”, afirmou, mencionando que a modernização do seguro agrícola vai exigir também mudanças na legislação brasileira.
APOIO A PROPRIEDADES QUEIMADAS
O ministro antecipou que se reunirá com representantes dos governos dos estados mais atingidos pelas recentes queimadas, para estabelecer linhas de crédito às propriedades prejudicadas.
A reunião no Conselho do Agronegócio contou com a participação de Alfredo Cotait Neto, presidente da CACB e da Facesp; Mateus Roberto Ordine, presidente da ACSP São Paulo e vice-presidente da Facesp; Guilherme Campos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e vice-presidente da Facesp na região de Campinas; e Roberto Serroni Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
Fonte: Facesp
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