Parlamentares celebraram, nesta segunda-feira (12/08), os 40 anos do Movimento de Mulheres Camponesas. A sessão solene foi promovida pelo Congresso Nacional e contou com a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que aproveitou para homenagear a líder camponesa Margarida Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983.
Um dos primeiros a falar, o ministro Paulo Teixeira destacou que as mulheres caminham à frente em vários setores, no mundo inteiro. E isso, segundo ele, também tem sido observado no campo. “As mulheres estão à frente de diversas lutas e o presidente Lula está empenhado em responder aos pleitos feitos por elas”, afirmou, ao citar programas diversos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) que, nos últimos meses, ampliaram os benefícios para as agricultoras.
Um deles foi o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), — que tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar, por meio da geração de emprego e renda e o desenvolvimento da economia local, promovendo o acesso de órgãos diversos a esses produtos e, assim, contribuindo para reduzir a insegurança alimentar e nutricional do país. De acordo com Teixeira, o PAA tem privilegiado grande expressividade de mulheres, nos últimos tempos.
O ministro também citou o Programa Nacional de Reforma Agrária, que ampliou o número de mulheres beneficiadas, e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que criou linhas específicas para as agricultoras familiares, além de ter ampliado os limites de crédito para elas.
“Também temos programas como o dos Quintais Produtivos, criado durante a realização, no ano passado, da Marcha das Margaridas, que é voltado especificamente para as mulheres”, exemplificou.
Paulo Teixeira destacou a força das mulheres no campo e disse que para que o Brasil cumpra com a meta de sair outra vez do Mapa da Fome é imprescindível o papel que elas desenvolvem.
“São elas, mulheres, as que mais sabem como garantir soberania alimentar. A atuação das agricultoras familiares é decisiva, porque sabemos que, além de reeducar as pessoas, elas também ajudam na produção e no consumo de alimentos saudáveis. Estamos envidando vários esforços para que sejam beneficiadas com o maior número de políticas públicas e, ao mesmo tempo, nos solidarizando com todas pela capacidade de força e organização, que tanto possuem e têm ajudado este país”, frisou Teixeira.
Forma de resposta
O Movimento de Mulheres Camponesas surgiu no Brasil, nos anos 1980, como uma forma de resposta às mudanças na agricultura. De acordo com o requerimento das parlamentares que pediram a realização da sessão solene, surgiu a partir do momento em que “as mulheres camponesas, ao enfrentar desafios como a modernização tecnológica e a revolução verde, perceberam a necessidade de um espaço autônomo para abordar suas pautas e direitos”.
Segundo o movimento, ao longo dos anos, a organização cresceu e se tornou protagonista nas lutas das mulheres no campo. Busca representar a soma da diversidade do Brasil, ao cobrar mais atenção para com a agricultura familiar e lutar pelo respeito às mulheres, — sejam elas camponesas, ribeirinhas, diaristas, indígenas ou sem-terra.
Fonte: Gov.br
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