Pesquisas agrícolas têm contribuído para melhorar a qualidade dos produtos agroindustriais ao oferecerem soluções tecnológicas, inovadoras e de grande impacto, como a biofortificação de alimentos.
Na agroindústria Machinho, por exemplo, o serviço vai além da colheita. A produtora rural Rita Gontijo, explica que, transformar o produto in natura em um produto pronto para o consumidor, agrega valor ao produto final.
“Imagina você pegar um produto in natura e fazer todo o processo, né? Quer dizer, você vai selecionar, higienizar, cortar, embalar, refrigerar e vai entregar direto para o seu consumidor, então isso agrega valor no final e isso é muito interessante, é muito bom”, conta a produtora.
Mas, para chegar nesse patamar, o investimento é alto. Para se ter uma agroindústria o valor varia entre R$ 200 mil e 2 milhões, tudo milimetricamente pensado para entregar ao consumidor o produto mais fresco possível.
Segundo a assistente técnica do Senar, Juliana Souza, a agroindústria, hoje, está impactando tanto o produtor rural, quanto com o consumidor final.
“O produtor rural produz, processa, vende então, ele gera uma cadeia de empregos que hoje transforma tanto a questão da qualidade do produto, mas também aa qualidade da comunidade que está envolvida, né?”
E esse protagonismo é notável nos números. Com uma participação de 6% no PIB, a agregação de valor das agroindústrias conseguiu amenizar muitos dos prejuízos previstos, como aa quebra da safra de soja, por exemplo.
O Produto Interno Bruto da soja deve reduzir cerca de 13% em comparação ao ano passado, com os agroserviços relacionados à cadeia caindo um pouco mais de 4%. Na contramão, agroindústria de farelo do grão deve subir mais de 2%.
“Embora a agroindústria não seja o único vetor para agregar valor aos produtos agropecuários brasileiros, certamente é um dos principais. É aquele por exemplo, ao invés de vender o café em grão, tentar vender aquele café, por exemplo, em cápsula ou qualquer outro produto que vai ter o valor agregado maior”, explica o analista da FGV Felipe Serigatti.
Após o maior resultado da história em 2023, a tendência é que o PIB do agronegócio sofra consequências do encarecimento dos insumos e da possível queda nas colheitas em todo o país. O que torna agregação de valor dos produtos, por meio da agroindústria, uma alternativa para os produtores conseguirem superar esses transtornos.
*Reportagem de Gustavo Schuabb
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