O Brasil alcançou 1.217 cachaçarias registradas no final de 2023, com a instalação de 88 novas unidades. Trata-se de um recorde histórico e um crescimento de 7,8% comparado ao ano de 2022.
O mercado da cachaça brasileira vem registrando altas consecutivas na expansão do mercado. Segundo dados divulgados pelo anuário da cachaça, o país produziu 226 milhões de litros em 2023. No quesito exportação, em 2023, o saldo foi de mais de 20 milhões de dólares em negociações e 76 países já compram a bebida brasileira. O setor aposta no aumento no volume de exportação.
“O crescimento das nossas exportações superando 20 milhões de dólares, ainda um número pequeno quando a gente olha o potencial de exportação que é a cachaça tem, mas já é um cenário animador. Não falando em um numa ordem de relevância, mas a União Europeia é um destino histórico das nossas exportações, a Alemanha sempre se destaca como um dos principais destinos de exportação ou o próprio Reino Unido, França Portugal e, claro, os Estados Unidos”, disse o presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Carlos Lima.
Em 2023, o Brasil ganhou mais de 1.452 marcas de cachaça, o que representa uma alta de 16% em relação a 2022. Nesse mesmo período foram registrados 935 produtos, um crescimento de 18,5%. Com esses dados, o Brasil passa a ter 10.526 marcas de cachaça, alcançando quase 6.000 produtos registrados.
“ A gente está bem esperançoso porque em 2023 a cachaça bateu recorde tanto de exportação, de 20 milhões de dólares, quanto de movimentação no mercado interno, que foram R$22 bilhões”, comemorou o presidente da Associação da Cachaça de Brasília, João Chaves.
A região sudeste concentra a maior parte das cachaçarias do Brasil, sendo Minas Gerais a campeã no número de estabelecimentos, 504 no total.
Com o crescimento no mercado, uma nova geração está atenta ao setor. Atenta ao mercado, uma nova geração vem apostando nesse crescimento. O produtor de cachaça, Samuel Morais, contou ao Agromais como tem expandido a produção.
“A gente produzia em média 50 litros por dia, hoje, a gente está produzindo uma média de 240 litros, aumentou bastante a nossa produção. O negócio é muito animador, a gente tem uma filial em Minas Gerais e de lá a gente consegue distribuir para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, disse Morais.
Mesmo registrando o crescimento, o setor aponta alguns desafios e o principal deles é em relação aos tributos cobrados.
“A gente vê hoje um desafio regulatório muito grande. Quando a gente pensa no próprio segmento produtivo da cachaça e nesse cenário agora de reforma tributária também um olhar muito cauteloso e atento sobre o que virá para tributação do segmento de bebidas alcoólicas no Brasil e como isso pode impactar o setor produtivo da cachaça”, concluiu o presidente do Ibrac.
*Reportagem de Felipe Gomes
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