A carne de frango é um dos alimentos mais presentes na dieta do brasileiro. A escolha se justifica pela qualidade nutricional, facilidade de preparo, disponibilidade e custo.
A cadeia produtiva de frangos de corte abriga desde o produtor de grãos, fábricas de rações, transportadores, frigoríficos até o segmento de máquinas e medicamentos.
Para explicar mais sobre o tema, veja a entrevista com o pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda.
Segundo Evaristo, a carne de frango é a mais consumida no Brasil. No ano passado, o consumo foi de 46 kg por habitante/ano, ou seja, quase 1 kg de carne de frango por semana por habitante.
“Ela ganha de longe da carne bovina, não é? Que apesar das promessas da picanha, ainda está longe de chegar nos 29 kg por habitante”, disse.
O pesquisador explica que o Brasil produziu, em 2023, em números redondos, 15 milhões de toneladas de carne de frango, equivalente ao dobro da produção de carne bovina. Desses valores, 2/3 da proteína foram consumidos aqui no Brasil e mais de cinco milhões de toneladas foram exportadas. Batendo um recorde histórico, mais de 7% com relação a 2022.
Os grandes Estados exportadores estão no sul. A região exporta 75% do frango do país. 2 milhões de toneladas foram exportadas pelo Paraná, 1 milhão de toneladas por Santa Catarina e 700 mil toneladas pelo Rio Grande do Sul.
Tecnologia Genética
Miranda destaca ainda, que além da carne, o Brasil exporta tecnologia genética avícola.
“Nós exportamos ovos férteis e pintinhos de um dia para diversos países. A exportação que havia sido de 16 mil toneladas em 2022, pulou de para 26 mil toneladas”, disse.
“No ano passado exportamos para o México, Senegal, Paraguai, África do Sul, Peru, para diversos países, o que mostra a confiança na sanidade, na qualidade dos produtos da avicultura nacional”, completou.
Mercado
Evandro relembrou que em 2023, a carne de frango estava barata. Em janeiro, quando saiu do frigorífico para ir para o supermercado, o frango custava em média R$ 10,00/Kg, já neste janeiro de 2024, está custando R$ 9,00, uma queda de 10% no preço da proteína. Segundo Evaristo, a queda se explica pela queda de 36% no preço do milho, que por consequência barateou a ração.
Os eventos climáticos La Niña e o El Niño, fazem com o que o preço do milho suba e, de acordo com o pesquisador, é natural que o preço do frango suba também, assim como o valor dos ovos.
Veja a entrevista na íntegra.
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