As linhas de crédito para a construção de armazéns devem ser mais uma vez contempladas no Plano Safra. Por parte dos produtores, não é de hoje que o Brasil enfrenta o problema da baixa capacidade para estocagem de grãos. Especialistas alertam que a falta de investimentos em novas estruturas traz prejuízos para os produtores.

Somente no ano passado, de acordo com uma estimativa realizada por uma consultoria, as perdas pela falta de armazéns para estocagem de grãos ultrapassam os R$30 bilhões em prejuízos.

O programa para construção e ampliação de armazéns disponibilizou, em 2023, mais de R$6,6 bilhões em recursos para a construção de depósitos. Parte desse total é destinada para a construção de estruturas de maior capacidade e uma parcela menor para armazéns de até 6 mil toneladas. Segundo a entidades do setor, o valor é insuficiente para diminuir o déficit na mesma velocidade em que cresce a produção agrícola do país.

“O Brasil cresce em média 10 milhões de toneladas por ano e armazenagem, infelizmente só cresce 5 milhões toneladas por ano”, disse Paulo Bertolini, presidente da CSEAG.

Segundo a Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos, o Brasil precisaria de investimentos de aproximadamente de R$15 bilhões anualmente para resolver esse problema. Agora, a expectativa é de que o aumento nos recursos para o PCA seja anunciado para o próximo Plano Safra.

Apesar do déficit, a capacidade de armazenagem agrícola no país cresceu 4,8%, chegando a mais de 201 milhões de toneladas no último ano, segundo o levantamento feito pelo IBGE em 2023.

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