Com a aproximação do período seco, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) intensifica suas ações de prevenção e combate a incêndios florestais, reafirmando o compromisso do setor produtivo com a proteção ambiental e a sustentabilidade no campo. A entidade realiza, ao longo de todo o ano, uma série de iniciativas que incluem campanhas educativas, palestras, cartilhas e treinamentos voltados para os produtores rurais.
As medidas fazem parte de uma estratégia articulada que busca evitar prejuízos ambientais e econômicos nas propriedades rurais do estado. Além da distribuição de materiais informativos nos núcleos da entidade, a Aprosoja MT atua diretamente junto ao Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF), levando as demandas do setor produtivo para o centro das decisões sobre prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais.
“A queimada destrói o trabalho de anos do produtor. O fogo consome a palhada e a matéria orgânica do solo, prejudica a microbiota e compromete a produtividade no ciclo seguinte. O agricultor não quer fogo nem perto da sua lavoura”, ressalta Luiz Pedro Bier, vice-presidente da Aprosoja MT. “Por isso, nossa atuação preventiva é constante e em parceria com o poder público.”
A entidade também contribui para a manutenção do Instituto Ação Verde, que, em março deste ano, entregou equipamentos de combate ao fogo ao Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBM-MT). A iniciativa reforça o apoio direto às operações de campo e amplia a capacidade de resposta em áreas de risco.
Durante o lançamento do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e aos Incêndios Florestais 2025, o comandante-geral do CBM-MT, coronel Gledson Bezerra, destacou que a origem dos focos de calor não está nas propriedades regularizadas, mas principalmente em áreas como Terras Indígenas, assentamentos e reservas particulares. Segundo dados oficiais, 27,7% dos registros de incêndio em 2024 ocorreram em terras indígenas, desmistificando a associação direta entre produção rural e queimadas.
“As propriedades rurais legalizadas representam mais de 50% do território do estado e são parte da solução, não do problema. São empreendimentos produtivos e comprometidos com boas práticas ambientais”, enfatizou o coronel.
A Aprosoja MT atua de forma integrada com o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT) e outras instituições para promover a conscientização e o treinamento de produtores, além de estimular ações como a manutenção de aceiros e o uso de canais emergenciais de comunicação durante a estiagem.
Com ações baseadas em educação, cooperação e responsabilidade compartilhada, a entidade mostra que é possível produzir e preservar, combatendo não apenas o fogo, mas também o preconceito que ainda recai sobre o campo.
Com informações da Aprosoja
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