O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou nesta quinta-feira (3) a ênfase inédita na sustentabilidade e na gestão de riscos climáticos no novo Plano Safra da agropecuária empresarial, lançado nesta semana pelo governo federal com R$ 516,2 bilhões em recursos. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Fávaro detalhou as principais inovações do ciclo 2025/2026, que busca reforçar o crédito sustentável e estimular boas práticas no campo.
Segundo o ministro, uma das novidades é o incentivo adicional aos produtores rurais que adotarem práticas como uso de bioinsumos, plantio direto e conservação do solo com matéria orgânica. Esses produtores, mediante certificação reconhecida pela Embrapa, poderão obter descontos de 0,5% nos juros de financiamento.
“Estamos premiando quem produz de forma sustentável e responsável”, ressaltou.
Outro ponto relevante é a ampliação da exigência de observância do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para operações de custeio acima de R$ 200 mil. Antes, essa obrigação valia apenas para agricultores familiares do Pronaf.
“Com essa medida, queremos garantir que o crédito seja aplicado dentro de critérios técnicos, reduzindo riscos de perdas e aumentando a sustentabilidade”, explicou Fávaro.
Ainda no tema ambiental, o ministro apresentou o programa Caminho Verde Brasil, que pretende recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade na próxima década, convertendo essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento. Para essa linha de crédito, estão previstos R$ 7 bilhões, a juros de 8,5% ao ano, com dois anos de carência e dez anos para pagamento. Além disso, outra fonte de recursos virá via Agroinvest Brasil, somando aproximadamente R$ 10 bilhões para a mesma finalidade.
O Plano Safra 2025/2026 também reforça as ações do subprograma RenovAgro, priorizando sistemas de baixa emissão de carbono, reflorestamento, prevenção a incêndios e recuperação de áreas degradadas. O crédito poderá ainda ser utilizado para a produção de sementes e mudas de espécies florestais e para o cultivo de plantas de cobertura do solo.
Apoio ao café e ao cacau
Fávaro chamou atenção ainda para o suporte ao setor cafeeiro e ao cacau. O Funcafé, fundo de defesa do café, alcançará volume recorde de R$ 7,2 bilhões, permitindo que pequenos e médios produtores, mesmo já tendo operações no Plano Safra, possam acessar esses recursos.
“Isso amplia a capacidade de investimento na cafeicultura e também na cadeia do cacau, setor estratégico em alta no mercado internacional”, pontuou.
Por fim, o ministro reforçou que o Plano Safra também traz mecanismos para facilitar renegociações de dívidas, ajudando produtores impactados por safras anteriores a reorganizar seus passivos.
“Estamos oferecendo oportunidades para o agro crescer com responsabilidade, estimulando práticas ambientalmente corretas, maior segurança climática e mais produtividade. Esse é o caminho para garantir alimento mais barato e renda justa para os produtores”, concluiu Fávaro.
Com informações do Mapa
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