O Brasil assumiu nesta quinta-feira (3), em Buenos Aires, a presidência temporária do Mercosul para o segundo semestre de 2025, destacando cinco prioridades centrais: ampliação comercial, promoção da transição energética, desenvolvimento tecnológico, enfrentamento do crime organizado e redução das desigualdades sociais.
As diretrizes foram apresentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 66ª Cúpula do Mercosul, ao receber o comando do bloco do presidente argentino Javier Milei.
Lula defendeu um Mercosul fortalecido para resistir a “um mundo instável e ameaçador” e apontou avanços na Tarifa Externa Comum, inclusão dos setores automotivo e açucareiro no regime comercial do bloco e ampliação de acordos com parceiros estratégicos. Entre eles, destacou a conclusão do acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e o compromisso de avançar na parceria com a União Europeia.
Na área ambiental, o Brasil propôs o programa Mercosul Verde, para fortalecer padrões de sustentabilidade na agricultura e avançar na rastreabilidade dos produtos. O presidente também sublinhou a importância de explorar de forma coordenada os minerais críticos da região, garantindo beneficiamento local e geração de empregos.
“O Brasil assumiu a responsabilidade de sediar a COP30 [30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas] em um momento de graves turbulências para o multilateralismo. O apoio do Mercosul e de toda a América do Sul será imprescindível”, destacou.
Lula ainda anunciou a intenção de transformar o Mercosul em um polo de tecnologias da saúde, citando o exemplo da pandemia, e quer articular iniciativas de inteligência artificial latino-americana com maior soberania digital.
No eixo de segurança, o Brasil apoiará a proposta argentina de criar uma agência regional de combate ao crime organizado, além de intensificar a atuação conjunta em plataformas como o Comando Tripartite da Tríplice Fronteira e o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia.
“Não venceremos essas verdadeiras multinacionais do crime sem atuar de forma coordenada. Precisamos investir em inteligência, conter os fluxos de armas e asfixiar os recursos que financiam a indústria do crime”, disse.
Por fim, Lula destacou que dará prioridade a ações sociais, retomando a Cúpula Social do Mercosul e ampliando a participação da sociedade civil nos debates, para garantir maior inclusão e fortalecer a democracia regional.
“Sem inclusão social e enfrentamento das desigualdades de todo tipo não haverá progresso duradouro”, afirmou Lula, acrescentando que a Cúpula Social do Mercosul será retomada e, ainda, será realizada uma Cúpula Sindical.
Com informações da Ag. Brasil
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