O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) designou a Embrapa como responsável pela coordenação de um novo Grupo de Trabalho (GT) voltado ao estudo da diversificação de matérias-primas e à inclusão de agricultores familiares e pequenos produtores na cadeia produtiva de biocombustíveis. A decisão consta na Portaria nº 806, publicada nesta quinta-feira (26).
A medida visa garantir que a transição para uma matriz energética mais sustentável ocorra de forma inclusiva, envolvendo diferentes segmentos do setor agropecuário nacional. Entre os principais focos do grupo estão o incentivo à inovação, a ampliação do zoneamento de risco agroclimático, o fortalecimento das políticas públicas e o desenvolvimento de novas cadeias produtivas.
A coordenação da Embrapa terá como missão conduzir as reuniões técnicas do GT, articular ações estratégicas e implementar uma agenda que contemple, entre outros pontos, o mapeamento de novas matérias-primas e o estímulo à formação de cooperativas com foco em biocombustíveis.
O grupo também terá o papel de atualizar a ferramenta RenovaCalc — utilizada para medir a intensidade de carbono dos biocombustíveis —, com o objetivo de garantir maior precisão e alinhamento às exigências ambientais nacionais e internacionais.
Segundo a portaria, o apoio técnico e administrativo ao grupo será prestado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa. A iniciativa está em consonância com os esforços do Governo Federal para integrar a agricultura familiar à nova economia verde e reduzir desigualdades por meio do desenvolvimento regional.
A criação do GT ocorre em meio à implementação da Resolução CNPE nº 1/2025, que orienta a expansão do uso de biocombustíveis como parte da estratégia brasileira de transição energética, e reforça o papel dos pequenos produtores no fornecimento sustentável de matérias-primas para etanol, biodiesel e outras fontes renováveis.
Com informações do Mapa
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